Quinta-feira, 11.03.10

 

Apartir de hoje estaremos falando sobre os sete pecados capitais e suas conseqüências em nossas vidas.

Pecado, do grego hamartia, é um verbo que significa errar o alvo. Isso não significa meramente um erro intelectual de juízo, mas não conseguir atingir o objetivo existencial. Os sete pecados capitais, teologicamente são advindos da perspectiva do cristianismo, ou seja, é a expressão da perda do destino ou do sentido existencial, comprometido com um processo evolutivo, na busca de realização da alma, que pode ser entendida como salvação e cura de todos os males. Com isso, ao pensarmos nos sete pecados capitais: avareza, gula, inveja, ira, luxúria, orgulho e preguiça, chegaremos à conclusão de que todos esses sete pecados desviam os indivíduos das trocas e da verdadeira felicidade.
            Os sete pecados capitais nos dão um tipo de classificação dos vícios que eram abominados na época dos primeiros ensinamentos do cristianismo e que atualmente, por conta do capitalismo avançado, estão cada vez mais presentes no cotidiano da humanidade. O intuito dos antigos cristãos era educar e proteger seus seguidores, no sentido de ajudar os crentes na compreensão e auto-controle das suas pulsões e instintos básicos. É importante ressaltar que não existe registro oficial dos sete pecados capitais na bíblia, apesar de estarem presentes na tradição oral do cristianismo. Para mim, devemos entendê-los como doenças biopsicossociais com repercussões em todos os níveis e quadrantes da vida. Neste contexto é que surgem os estudos de psicossomática e dos comportamentos sociopáticos e psicopáticos.
            Então, cada pecado representa uma tendência equivocada que um fiel poderia ter diante do medo, da angústia e das incertezas da vida. (Essa questão está bem aprofundada no meu livro: “Dinheiro, Saúde e Sagrado”). Assim como, os vícios, as dependências os abusos e as compulsões também abrangem os sete pecados, muito estudados no curso de especialização intitulado: “Dependências, Abusos e Compulsões” ministrado na FACIS.
            Como vida é expressão de trocas e relações entre as demandas instintivas, psíquicas, sociais e espirituais, somos constantemente mobilizados por necessidades, desejos e demandas de todo tipo e forma. Por outro lado carregamos uma bagagem genética, racial, familiar, cultural e transcendental que  também nos influencia provocando mais desconforto, angústia e incertezas quanto ao nosso destino e significado existencial. Com isso, heroicamente, os seres humanos precisam fazer suas jornadas caminhando entre necessidades, destinos, livre arbítrio e limitações pessoais e coletivas que, de acordo com a situação, podem desembocar em pecados ou virtudes. Pois ambos estão potencialmente presentes nas atitudes humanas. Além de serem tão relativos quanto os conceitos de bem, mal, certo e errado.

            Todas as pessoas possuem, em seus dinamismos psíquicos, tendências de atuação em todos esses sete pecados. Principalmente na atualidade onde vivemos numa sociedade que está brutalizando as dimensões anímicas e espirituais dos seres humanos. Basta observarmos o comportamento da maioria das pessoas que vão ao Shopping para comprar o que não precisam, com o dinheiro que ainda não possuem, para impressionar quem não conhecem! Essa atitude, além de estar na contra mão das questões ambientais e de auto-sustentabilidade, tem conotações de inveja, luxúria, avareza e vaidade.
            Só o autoconhecimento poderá fazer com que essas tendências sombrias fiquem menos autônomas e que as virtudes possam entrar em equilíbrio harmonioso com os pecados. Pois, no íntimo de cada ser humano tanto as virtudes quanto os pecados estão potencialmente presentes. Tudo é uma questão de consciência e autoconhecimento.

            Atualmente, o capitalismo, e sua pior prática que é a do lobismo, estimulam a avareza, a gula, não só de alimentos, mas de conhecimento, informações, acúmulo, entre outras atitudes que possam dar a ilusão do poder. Além disso, o desperdício, a luxúria do luxo e vaidade estão muito presentes também. Basta refletirmos que estamos vivendo em uma sociedade onde 30% da população mundial é subnutrida e outros 30% é obesa! Qual a lógica disso?
            A questão da vergonha e da culpa é muito pessoal e dependerá da formação ética e espiritual de cada indivíduo, do momento de vida em que ele se encontra. Então, não podemos criar uma uma classificação entre os sete pecados. Creio que eles se interpenetram e  a prática de um acaba, direta ou indiretamente, desembocando na prática dos outros. Dependendo das condições de vida, dos medos, da angústia e das dificuldades do dia a dia, a prática de um pode ficar mais facilitada do que a prática de outros pecados.
            Por meio do autoconhecimento, de contínuas reflexões sobre o sentido, o significado da vida, e a compreensão dos desejos, pulsões e atitudes que estão nos motivando é que poderemos harmonizar os pecados com as virtudes. Por isso,  o melhor modo de não sermos dominados pelos pecados é não perdermos o alvo, a meta existencial que deveria ser o sacro-ofício de servir ao invés de apenas servir-se da natureza e da vida. E como todos os seres humanos possuem tanto os pecados quanto as virtudes, devemos ter tolerância com quem está sendo possuído por eles e criar condições para despertar as virtudes, em nós e nos outros. À medida em as pessoas se tornam menos egoístas e mais amorosas, naturalmente as virtudes vão surgindo no lugar dos pecados. É isso o que Jung propõe com integração da sombra. É por essa mesma razão que Jesus, na passagem com a prostituta diz: “quem nunca errou que atire a primeira pedra”, e nem Ele atirou!
Pecados x Virtudes
  • Orgulho, Arrogância X Respeito, Modéstia, Humildade;
  • Inveja x Caridade, Honestidade;
  • Ira x Paciência, Serenidade;
  • Preguiça, Melancolia x Diligência;
  • Avareza, Ganância x Compaixão, Generosidade, Desprendimento;
  • Gula x Temperança, Moderação;
  • Luxúria x Castidade, Simplicidade, Amor
 WALDEMAR MAGALDI FILHO (wmagaldi@gmail.com)
 



publicado por araretamaumamulher às 17:44 | link do post | comentar | favorito

Quarta-feira, 09.09.09
Na verdade, a primeira fase da cura faz com que antigas feridas sejam sentidas novamente como se fossem recentes. Só se você conseguir, ou melhor, se permitir passar por essa primeira fase, começará a se sentir segura para olhar para os seus verdadeiros medos, que antes eram intensos demais para serem confrontados.
É preciso coragem para ver que o medo e a duvida que venha a tona, estão surgindo para serem examinadas e liberadas, e não vividas cegamente.
Houve uma época na minha vida em que eu me sentia muito confusa, sem entender o porquê não conseguia manter um relacionamento duradouro e significativo. Eu achava que nunca ia me ligar de forma satisfatória a um homem, e que meus amigos sempre me trairiam. Dizia a mim mesma, que a culpa não era minha, que eu havia dado o melhor de mim em todas as situações.
Finalmente cheguei a triste conclusão de que havia algo de errado comigo. Confusa como andava, avariada como acreditava está, eu entrava e saia de relacionamentos e de amizades aos trancos e barrancos. A confusão por fim contaminou a minha vida financeira.
Confesso que não me dispunha a dizer aos homens da minha vida, o que queria, por medo de que me deixassem que não dissesse aos meus amigos que eles estavam ultrapassando limites por medo de se zangarem comigo. Confesso que não estava gerenciando minhas finanças com atenção, e cuidado por achar que não tinha dinheiro suficiente para tudo o que queria fazer. Confesso que me achava feia, gorda, pouco inteligente, pouco digna, sem valor e um desapontamento para a minha família e para Deus.
Eu não confessava isso nem para mim mesma, sobre mim mesma e por isso não dava os passos necessários para corrigi-los.
Quando você mente para si sobre as suas próprias necessidades, acabará mentindo para os outros sobre essas mesmas coisas.
Mentir para si, ou para os outros sobre nossas necessidades e desejos, sobre o que se gosta ou se deixa de gostar, é igual a ter um fungo bactericida. Ele vai se espalhando rapidamente por todas as áreas da nossa vida e poluindo toso o nosso ser. Quando você se polui com o fungo da desonra e do desrespeito, fica difícil falar em sua própria defesa. O fungo cola a sua boca e anuvia a mente, fazendo sempre com que você duvide de si mesmo, enquanto esta sentindo. Ele proíbe você de encontrar a reação mais apropriada quando sua sensibilidade é ferida. Mas com qualquer bactéria, um fungo que não é tratado se transformara numa infecção. A infecção se espalha quando você não se honra nem se respeita mais. A infecção se transforma em raiva. A raiva jorra de dentro de você quando as pessoas dizem ou faz coisas que você passou tempo demais sem questionar. O fungo de não honrar o que você sente, de não dizer o que você quer, de não dizer o que precisa dizer, jorrará de dentro de você com fúria e poluirá os seus relacionamentos. Relacionamentos familiares, relacionamentos profissionais, relacionamentos pessoais, relacionamentos íntimos. Nenhum deles está imune ao fungo que vai crescendo lá dentro quando você não se honra e não se respeita a cada passo do trajeto que é a sua vida com outras pessoas.
Que a paz e a alegria esteja com você
Uma Mulher..........
Até amanhã


publicado por araretamaumamulher às 11:35 | link do post | comentar | favorito

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