Quarta-feira, 17.02.10





Nunca peça à vítima para ignorar ou esquecer o que aconteceu. Não se deve pedir às vítimas da violência para simplesmente perdoarem os que as maltrataram, principalmente se a violência ainda continua. A questão do perdão é entre a pessoa e Deus. Ao invés disso, é necessário que se acredite na vítima e que ela possa falar abertamente. A vergonha e a culpa estão entre os sentimentos mais comuns das vítimas da violência doméstica. Elas acham que ninguém as pode compreender. Nunca deixe a vítima pensar que você acredita que ela é culpada pelo que aconteceu.
Para a vitima de violência, admitir que sofre humilhação, maus tratos, e privações, é o mesmo que ficar nua em praça publica expor nossa vida pessoal, é algo muito doloroso, e muitas vezes sentimos ser mais fáceis passar pelo que estamos a passar do que denunciar. O medo, a vergonha, a exposição publica de nossos problemas, é um drama, tão difícil de ser enfrentado quanto os maus tratos.
Admitir para nós seres humanos que não somos os melhores, que fracassamos na escolha de nossos companheiros, que aceitamos apesar de reconhecermos esse fracasso, por muitos anos, ir remediando e suportando a dor e a humilhação, não é uma tarefa fácil.
O sentimento de medo, que beira ao terror, de desonestidade, de culpa em conseqüência do que estamos passando e tão avassalador que nos paralisa totalmente, nos deixa sem ação.
Trata-se de uma defesa emocional, que usamos para nos proteger de mais sofrimentos e dor, de piores tratos e humilhações.
Qualquer mulher que já sofreu abuso emocional ou físico sabe o quanto é dolorido, e como é difícil, expor nossos problemas, porque já sabemos de antemão que vem o julgamento, e o julgamento nunca nos é favorável.
Eu já ouvi tanta coisa do tipo:” E porque você não sai de casa?” “O que você faz para ser tratada dessa forma?” e por ai vai...
Esse tipo de atitude, só nos faz encolhermos ainda mais. E não nos ajuda em nada.
Na verdade, porém, usamos a nossa razão para imaginar desculpas para nosso comportamento patológico que estão de acordo com o que desejamos. Nossas emoções influenciam excessivamente a nossa razão por causa de nossos medos.
Temos dificuldades em fazer distinção entre os sentimentos exagerados do momento da agressão seja ela física ou emocional, e a realidade em longo prazo. E ai começamos a imaginar que somos muito piores do realmente somos na realidade. Misturamos nossos medos e nossa baixa auto-estima, e criamos com toda a certeza um monstro, que pelo poder que damos a ele, vai acabar mesmo nos pegando.
No amor o único bater, autorizado, é o do coração. São pancadas suaves que não deixam marcas, nem resignadas recordações, nada que um simples gesto de ternura não apague.
Não sendo um mal exclusivo das classes mais baixas, hoje se sabe que a violência doméstica não poupa ninguém, não é um problema de classe social, nem de formação acadêmica, são conhecidos os casos de violência é transversal grassa na alta sociedade e o número de casos entre namorados jovens universitários é uma coisa nunca vista.
A formação acadêmica não constitui fator impeditivo destas práticas e, as vítimas por vergonha escondem dos familiares às agressões. A violência doméstica é transversal a toda a sociedade, mas o sofrimento que provoca nas classes com menores recursos é muito maior, porque à violência física se junta à psicológica e a dependência econômica obriga as vítimas a permanecer ao alcance da mão e do chicote dos seus algozes.
No drama da violência doméstica à dureza dos fatos, responde a Justiça com a sua habitual brandura, os autores sentem que podem continuar a alimentar a sua crueldade, impunemente.
Objeto de estudos sucessivos e da repetida necessidade de outros mais pormenorizados, a violência doméstica, passou de consentida a criminosa. O poder marital que permitia matar a mulher adúltera sem conseqüências e o sexo forçado para concretizar o casamento, passaram a ser criminalizados como homicídio e violação. Todavia, a violência doméstica transformou-se num problema social gravíssimo, as medidas para combater este flagelo tem fracassado perante o progressivo aumento deste tipo de criminalidade.
Há quem refira um aumento da violência dos atacantes que à agressão emotiva, juntaram a coativa para condicionarem as vítimas obrigando-as a negar os fatos e a inventar explicações incompatíveis com os ferimentos que apresentam.
Na maioria das culturas, as pessoas escondem o problema da violência dentro da família. Isto significa que pouco se sabe a respeito do nível de violência que afeta as famílias. Os maus-tratos dentro da família têm chamado cada vez mais a atenção dos serviços de saúde, mas são raramente incluídos nos programas comunitários de saúde e educação. Entretanto, a maioria dos casos não são nem mesmo informados. Isto significa que as pessoas que cometem a violência não são responsabilizadas por seus atos. Muitas vezes, elas nem mesmo se dão conta de que cometeram um crime.
No início da década passada, nos Estados Unidos, por exemplo, foram informados um milhão e meio de casos de maus-- tratos contra crianças e adolescentes, com mil mortes por ano. Estima-se que o número real de casos seja 20 vezes maior. Em muitos países em desenvolvimento, o problema é raramente informado.
O termo violência doméstica é usado para descrever qualquer atitude violenta ou negligência dentro da família. As vítimas podem sofrer tudo que é tipo de problemas físicos e mentais – inclusive stress, problemas para dormir, lembranças repentinas do trauma, agressão, isolamento social, comportamento auto-- destrutivo, depressão e fobias. Algumas podem até mesmo cometer suicídio.
A pobreza e a falta de instrução podem aumentar o nível de violência doméstica. Também pode haver outros fatores individuais, familiares, comunitários e sociais. Entretanto, o abuso de poder sobre membros familiares indefesos está sempre presente. As mulheres, os adolescentes, as crianças e as pessoas com deficiência são as vítimas mais freqüentes.
Ajudando as vítimas
O ideal seria que os casos de violência doméstica fossem tratados por profissionais, pois a ajuda inadequada pode causar ainda mais problemas. Entretanto, quando estes não estão disponíveis, os amigos que estiverem dispostos a escutar e oferecer apoio podem ajudar. Ter de testemunhar pode ser prejudicial para a vítima e, mais uma vez, recomenda-se a ajuda especializada, a fim de se minimizarem os danos. Quanto antes os maus-tratos forem identificados e resolvidos, maiores serão as chances de se evitar mais violência e de se tratarem as pessoas violentas com sucesso.
Como os não profissionais podem ajudar?
A princípio, é importante escutar cuidadosamente a vítima e acreditar nela. Acompanha-la a um departamento oficial para expor sua situação e ajude-a a procurar ajuda profissional. Geralmente as vítimas têm medo de procurar ajuda, porém, com este apoio, talvez elas o consigam fazer.


publicado por araretamaumamulher às 11:39 | link do post | comentar | ver comentários (5) | favorito

Sexta-feira, 27.11.09
Essa postagem foi feita em 23/08/09.
Foi corrigida agora e postada novamente.

Essas semanas tenho vivido num estado doentio, uma espécie de morte interior. Dores pelo corpo, nauseas constantes e gases, tenho vivido numa desolação de um cinza-escuro absoluto, parece que eu também quero morrer. Eu estou com raiva, raiva de Deus, da morte, do Vi por ter morrido, (não consigo assimilar o porquê dele não ter me ouvido,) e de todos que já morreram e de todos que vão morrer. Nada tem importância, eu vivo na mais profunda solidão, pensando na morte e com medo do nada. A morte é. Está é a verdade espiritual mais profunda que eu já conheci, mais é um passo que eu omiti do meu caminho, até aqui. Dar a luz ao Vi não me poupou de vê-lo morto. A morte é. E Deus não me pourará da morte. Não poupará a minha mãe, não poupará os meus irmãos e com certeza não poupará a Amanda e o Neto. É minha raiva e revolta a esse respeito não altera a veracidade desse fato.
Sinto um ceticismo tão grande como raramente senti. Uma profunda falta de confiança no eu e na vida. O que me faz pensar que estou ligada a Deus? Será que a espiritualidade não passa de ilusão ou superstição e da minha vontade de que as coisas sejam como eu quero?
Sinto ondas de amargura e duvidas sobre tudo o que vivi sobre tudo o que acreditei até aqui. O que é? O que é? O que estou fazendo aqui? Talvez eu nunca venha á saber. O que me faz pensar que sei o que estou fazendo aqui? Não sei.
E, além disso, não preciso saber. Tudo o que posso fazer é seguir os meus instintos mais profundos, o mais profundo senso de orientação que tenho sobre o que devo fazer neste período de minha vida. Nada mais posso fazer.
Só agora compreendo os poetas e suas palavras sobre o vazio. Não um vazio qualquer, vazio, pedaço arrancado de mim, mutilação do meu corpo. Exercício de saudade, tornar de novo presente o passado que já se foi. Saudade é o revés de um parto, é a vontade de arrumar um quarto para o filho que já morreu. Acontece que depois da partida só fica a ferida, ferida que não se deseja curar. Pois ela traz de novo a memória, o belo que uma vez foi. Saber que cedo ou tarde tudo o que está presente ficará ausente. A tristeza testemunha que o mistério da despedida está gravado em nossa própria carne.
Como Cecília Meirelles disse de sua avó morta e eu nunca esqueci: Tudo em ti era uma ausência que se demorava uma despedida pronta a cumprir-se “
Que verdade! Você sempre viveu tão intensamente, tão apressadamente, tão sem tempo para o planejamento que eu devia ter adivinhado...
Pra que estudar mãe? Porque não posso fazer dois esportes ao mesmo tempo mãe? Eu quero aprender tudo agora! Como eu não adivinhei? Por que Deus não me deixou saber? Ele me mostra tanta coisa, não me mostrou que você ia longo? Quantos abraços eu deixei de te dar? Quantos beijos? Quantas vezes tive vontade de dizer eu te amo e não disse. Parece que as vezes que te beijei, que te abracei e te coloquei no colo e disse que te amo eu esqueci todas elas, só ficou a vontade desesperadora de fazê-lo mais e o enorme vazio de não ter feito.
O que eu vou fazer agora? Dá pra me dizer? Você sempre tinha uma resposta para tudo, meu Vi, me responde como nós, a Amanda o Neto e eu vamos continuar.
Já faz dez meses e nós ainda não sabemos a resposta...
Será que um dia vamos conseguir saber? Sentimos como se a vida nos tivesse levado um pedaço nosso sem nem ao menos pedir licença para isso. É desesperador...


publicado por araretamaumamulher às 04:34 | link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito

Domingo, 11.10.09
"Enquanto você está ciente do anseio que tem pelo amor perfeito de seus pais, e das mágoas e ressentimentos que sofreu você está condenado a tentar remediar a situação mais tarde. Você tenta reproduzir a situação da infância para poder corrigi-la. Essa compulsão inconsciente é um fator muito forte, mas normalmente está muito afastado da compreensão consciente...
Todo esse procedimento é absolutamente destrutivo. Em primeiro lugar, a derrota é ilusória. Portanto, a possibilidade de vitoria também é ilusória. Além disso, é ilusório que, por mais triste que a falta de amor tenha sido na sua infância, ela represente a tragédia que o seu subconsciente ainda sente. “A única tragédia reside no fato de que você obstrui a felicidade futura ao continuar a reproduzir a situação, e depois tentar dominá-la.” Palestra do Guia do Pathwork 73
Um indicador primário de uma imagem é um senso difuso de vergonha de nós mesmos, uma sensação de que não temos valor ou merecimento. Uma vergonha especifica vive na criança interior de todos nós, e deriva da época em que descobrimos chocados, que nossos pais e o nosso mundo não eram perfeitos. A criança tem uma grande necessidade de acreditar que seus pais são perfeitos, já que eles são tudo o que a separa do caos ou da morte. Quando a criança descobre que não é amada perfeitamente ou é até maltratada, ela supõe que a culpa deve ser sua, porque normalmente não conhece a intimidade de outras famílias para fazer uma comparação. A criança, então fica profundamente envergonhada da sua característica, seja qual for que merece – como ela erradamente acredita- ser castigada ou abandonada. Na época em que a criança em crescimento entende que os pais e outros adultos são imperfeitos e têm problemas, a vergonha já criou profundas raízes, a auto-estima já foi danificada.
Sabemos agora que esse processo ocorre em casos de abuso infantil. A criança geralmente é incapaz de perceber a verdadeira origem do comportamento destrutivo das pessoas, que também são seus protetores e guardiões, e, portanto conclui que é a culpada pelo mal que lhe é feito, seja ele qual for. Criando defesas para não ser magoada outra vez, e abrigando uma vergonha secreta cada vez maior, a criança acha muito difícil expor a verdade.
Assim todo o processo – a descoberta de alguma coisa errada na família, a crença de ser a causa desse mal, concomitantemente com a generalização de que as pessoas não merecem confiança, e a criação de defesa contra as magoas e indignidades sofridas – tudo isso vai para o inconsciente. Como a planta que é constantemente mantida no escuro, grande parte da personalidade não pode crescer. A luz da percepção precisa penetrar no medo, no ressentimento e na vergonha da criança, com o intuito de revelar as imagens que foram reprimidas na mente inconsciente. Precisamos estar dispostos a encarar a verdade sobre o tratamento errado que dispensamos ás crianças inclusive os defeitos de nossos pais, sem ter de erradicar o bem que também pode estar presente.
Como adultos, os sentimentos de vergonha ou de decepções decorrentes de situações atuais podem nos levar de volta aos traumas ocultos da infância. Os sentimentos atuais são equivalentes aos infantis. Se sentirmos integralmente a dor atual, ela nos levará outra vez ás experiências iniciais formadoras. Podemos aprender a nos perguntar a que fato do passado podemos estar reagindo quando descobrimos um padrão negativo persistente ou uma profunda vergonha interior. Toda vez que “descobrimos” as imperfeições dos parceiros, dos chefes ou da própria vida, reexperimentamos o choque inicial da infância. Toda vez que sentimos vergonha ou nos culpamos pelas falhas dos outros, podemos ter certeza de que estamos reagindo com base numa imagem da infância.
Foi isso o que aconteceu comigo: Tive uma infância baseada no medo, nas agressões nas humilhações. Como sou a filha mais velha, eu ainda trazia a obrigação de ser o exemplo. Não preciso nem dizer que não fui capaz disso, assim como não fui capaz de seguir a religião dos meus pais.
Mas carreguei comigo essa culpa. Tudo o que acontecia de errado ao meu redor, eu me sentia culpada, responsável. E merecedora de todo o sofrimento para expurgar essa culpa. Então hoje vendo os fatos de outro prisma, eu vejo que procurei um agressor na minha vida.
Porque a religião que fui criada ensinava que era preciso fazer sacrifício para pagar os pecados. Como sempre me senti uma grande pecadora, é obvio que precisava de um grande sacrifício. Na verdade creio que todo caso de agressão que perdura por vários anos, como o meu, é esse o sentimento da vitima o de que merece estar naquela situação.
Por isso é tão difícil, sair. Quebrar o circulo vicioso, modificar uma estrutura onde você acha que apesar de não estar de fazendo bem, você é merecedora dela.
Fomos criadas a grande maioria de nós pelo menos, para sofrer caladas, para agüentar em silencio, a dor, a vergonha e a humilhação.
As agressões e humilhações que sofria me faziam sentir mais próxima da minha infância, dentro do mesmo cenário, onde eu também era agredida por minha mãe e humilhada pelo meu pai. Tudo isso em nome da “boa educação”.
No meu casamento era tudo em nome também da “boa educação”, já que o argumento do meu ex marido sempre foi o de que eu não o obedecia o que significava: que pegava o meu salário e comprava comida para mim e os meus filhos. Não entregando todo para ele ir curtir com as meninas ou pescar com os amigos...
Foi preciso as coisas chegar a um ponto onde eu não suportava mais, para ter a coragem de fugir.
Só trazendo á consciência as decepções originais, podemos enfrentar a realidade da imperfeição de nossos pais e passar conscientemente pela inevitável dor, raiva e ressentimento que fazem parte da experiência humana universal. Enquanto não dermos esse passo deliberadamente, vamos continuar tentando forçar os outros a serem nossos “pais perfeitos” nas situações da vida adulta- e sofreremos uma serie de decepções. Na verdade ninguém é perfeito, ninguém nos ama perfeitamente, e é assim que as coisas são. Não é nossa culpa, e não podemos fazer nada para forçar os outros a serem mais perfeitos. Todos são imperfeitos. E todos são perdoáveis


publicado por araretamaumamulher às 12:46 | link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

Quarta-feira, 02.09.09
Ser humano é ter defeitos e imperfeições. Todos nós cometemos erros, ás vezes magoamos as pessoas que nos são próximas, e às vezes nos comportamos muito mal. No entanto, essa simples verdade parece-nos muito difícil de aceitar.


Quando me conscientizo de que magoei meu filho por causa de um dialogo descuidado, eu me encolho por dentro, como que tentando me defender da dor que é parte inevitável da consciência de meus atos. Temos relutância ainda maior em aceitar as mensagens sobre nossos defeitos vindas de outras pessoas. Imediatamente erguemos defesas, com se estivéssemos sendo fisicamente atacados. Na verdade, a reação fisiológica de defesa lutar/fugir, adequada a situações nas quais existe uma ameaça imediata de dano corporal direto, é usada para proteger a auto-imagem idealizada, que precisa ter a aparência de certa e boa, e não de errada e má. Esquivamos-nos de encarar nossos erros e defeito porque eles são umas partes dolorosa, embora inevitável, de quem somos. Somente quando contenho o perfeccionismo é que consigo sentir a simples tristeza de ter magoado o meu filho. Respiro profundamente, afrouxo as defesas automáticas e sinto a simples dor. Somente assim consigo perdoar. Atinjo um nível mais profundo de auto-aceitação.

Quando negamos nossos defeitos, nosso egoísmo fica enredado na tentativa de parecer melhores do que somos e afastar a culpa pelas nossas dificuldades. “Não foi minha culpa” é a primeira coisa que a criança em nós grita sempre que confrontamos com nossos erros. Quando acontece alguma coisa desagradável, respondemos internamente como a criancinha que ouve a voz da mãe chamando por ela depois que um terremoto abalou a casa. Sua primeira resposta é: ”Não fui eu, mamãe”. A criança dentro de nós tem medo de reconhecer que possuir qualidades más ou imperfeitas signifique que ela é unicamente má, ou que, sendo tremendamente má, ela será julgada ou rejeitada pelos “outros” pais que, imaginamos, são responsáveis pelo nosso bem-estar.

Por medo do eu imperfeito, criamos um eu - mascara, um eu - idealizado, o eu que pensamos que deveríamos ser em vez de admitir que sejam seres humanos imperfeitos. Todos nós respondemos prontamente “vou bem” quando nos cumprimentam, por maiores que seja a nossa depressão, por causa da critica que o chefe acabou de nos fazer, ou a alegria por um recente sucesso profissional. Asseguramos prontamente a nós mesmos e aos outros que “eu estou bem, sou competente, posso dar um jeito”, por maiores que sejam a carência, ou a infelicidade verdadeira.

Seja qual for a mascara criada – o bom menino, a boa menina, a mulher ou o homem poderoso, o aluno aplicado ou o professor confiante, a criança carente ou o adulto competente, o pesquisador ingênuo ou o cético experiente – ela é uma tentativa de nos colocarmos num plano acima dos defeitos e da do, de negar nossa mediocridade e pequenez. Criamos uma mascara sempre que tentamos nos apresentar como pessoas amorosas ou poderosas, mas competentes ou carentes, mais compassivas ou céticas do que realmente somos naquele momento.

À medida que aprofundamos o compromisso de ser honestos com nós mesmos e com os outros, criamos uma base sólida para a auto-estima. Fazer um bom conceito de si mesmo passa a não depender mais de atender ás exigências irrealistas de uma mascara perfeccionista; ao contrario, seu fundamento é a coragem de encarar a realidade humana imperfeita atual. O imenso potencial humano que temos só pode ser realmente nosso depois que ousamos ser exatamente e exclusivamente quem somos em cada momento, por mais mesquinha e assustadora, grandiosa e ou sagrada que seja a realidade temporária.
Fique na paz e na luz.
Ararêtama uma Mulher.
http://araretamabiojoias.blogspot.com/


publicado por araretamaumamulher às 11:47 | link do post | comentar | favorito

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