Quarta-feira, 28.04.10
A conversa de hoje possui uma forte tendência a se tornar polêmica, a partir do título deste artigo. Peço a (o) caro (a) leitor (a) que tenha calma e tente ler até o final. Em nossa cultura, a violência contra a mulher é aceita; e normas não escritas sugerem que a mulher é a própria culpada da violência por ela sofrida, apenas pelo fato de ser mulher. A origem, o pecado original, é a idéia falsa de que a mulher deve ser, porque sempre foi um ser inferior, uma subespécie humana, incapaz por natureza, pouco afeita aos fazeres públicos e intelectuais. Lamentavelmente, este (pré) conceito cultural, construído historicamente, de que a mulher é um ser submisso, paradoxalmente, é assimilado, aceito e reproduzido também pela maioria das pessoas do sexo feminino. Aliás, ele somente se tornou de difícil superação porque a maioria esmagadora das mulheres não possui condições de compreender esta contradição. Agem como seres submissos. O outro lado da moeda, o machismo, igualmente é reproduzido - e até fortalecido - pela maioria das mães, tias, vizinhas e professoras; ou seja, aqueles segmentos sociais responsáveis pela educação lato sensu das nossas crianças em seus primeiros anos de vida. A reprodução do preconceito começa na escolha das roupinhas do bebê, com ele ainda na barriga da mãe: rosa para as meninas e azul para os novos machinhos. Logo que nascem, seguem as regras para brinquedos e brincadeiras: os meninos jogam futebol, aprendem lutas marciais, ganham carros, armas e roupas de super-heróis para brincar, coisas de machos que se preparam para dar porrada e impor suas vontades numa vida de aventuras, nas ruas. As mocinhas, ao contrário, são orientadas para o recato do lar, e ganham presentes de bonecas, produtos de beleza e cozinha, coisas de quem se prepara para uma vida dentro de casa, seguindo as normas vigentes, e pautadas pela opinião da vizinhança. Ou seja, a violência exercida pelos homens contra as mulheres, no Brasil como em qualquer parte do mundo, é autorizada, sancionada, pela sociedade patriarcal. Sociedade reforçada pelas religiões judaico-cristãs, nas quais a figura feminina é sempre uma figura subalterna ou de menor poder, a partir da própria idéia do Pai Salvador (Nossa Senhora não faz, apenas intercede junto ao seu Filho); mesma lógica estende-se a sua hierarquia dominada pelo sexo masculino (o Papa, Cardeais, Pastores, Rabinos, Sacerdotes, todos do sexo masculino). Aqui no patropi, exceção se faça, em respeito à verdade, aos orixás da Umbanda, os quais incorporam divindades dos dois gêneros. Como livre pensadora, ouso achar que a Lei de Deus deveria permitir que o ser humano estivesse sempre em condições de exercer seu livre arbítrio. Todavia, sou voto vencido. Lamentavelmente, o espancamento de namoradas, esposas e amantes por seus companheiros é uma questão da vida privada, na qual a sociedade (patriarcal) "não deve intervir". Diante de casos de violência contra mulheres, é comum que os comentários machistas predominem até mesmo sobre a natural rejeição ao ato de agressão. "Alguma ela fez" ou, na melhor das hipóteses, "melhor não tomar partido". Sem falar nos casos de estupro, quando, freqüentemente, se critica a sensualidade excessiva dos trajes das mulheres, responsabilizando-as e justificando o estuprador. Como propriedade do macho, "a mulher é a culpada". Essas atitudes preconceituosas são exercidas também por profissionais de saúde e policiais, resultando algumas vezes em tratamento inadequado. Ainda bem que, como diria Mahatma Gandhi, "Deus não tem religião". Entendo Deus como um ser cuja única definição é que ele está além do poder do entendimento humano. Resumo da ópera: a mulher, premida por circunstâncias que ela própria não compreende, na maioria das vezes, retira a queixa-crime contra o seu agressor, perdoa-o, e continua a viver com o mesmo e a conviver com sua dor. E quando essa mulher-mãe tem apenas nove anos de vida? Seria também a culpada? Como diz o Chico em "Umas e Outras", "o acaso faz com que se cruzem pela mesma rua olhando-se com a mesma dor". Até quando? POSTADO POR UMA MULHER


publicado por araretamaumamulher às 13:43 | link do post | comentar | favorito

Domingo, 18.04.10
As restrições impostas pelas condições econômicas e culturais ainda contribuem para que as mulheres identifiquem o casamento e a maternidade como seu principal meio de reconhecimento social. Apesar das modificações no âmbito familiar, provocadas, dentre outros aspectos, pela maior presença da mulher no mercado de trabalho, o espaço doméstico continua a ser considerado como predominantemente feminino. Em geral, espera-se que esta cuide dos filhos e da casa, sem questionar as dificuldades inerentes a essas funções. No próximo tópico, discute-se como a maternidade era muitas vezes sentida como um peso em função das responsabilidades que representa. Ao se tornarem mães, as mulheres podem ter dificuldade em reconhecer seus sentimentos ambivalentes em relação aos filhos e sua criação. Receiam ameaçar a imagem de "boa mãe", à qual esperam corresponder. Quando não cumprem tal expectativa, tendem a se culpar pelas dificuldades que os filhos apresentam durante seu desenvolvimento. Em geral, os sentimentos ambivalentes da mulher sobre a maternidade são considerados como problemáticas pessoais sem relação com o contexto social no qual ela está inserida. A pouca informação e a ausência de assistência podem ser percebidas pela mulher como uma realidade individual, com a qual precisa arcar sozinha. Na medida em que não se dá conta de que essa situação é comum a outras mulheres, que também carecem de suporte familiar e social, seu sofrimento tende a ser maior, o que pode contribuir para a ocorrência e agravamento de sentimentos categorizados na literatura médica como sintomas depressivos, a exemplo da culpa e da auto depreciação. Ao se casarem, diversas mulheres tinham de aprender por conta própria a criar os filhos. Sem assistência e inexperientes nessa tarefa, algumas se culpavam pela morte prematura deles. Noções culturais sobre a maternidade têm impacto sobre todas as mulheres, mesmo as que não tiveram filhos. Culturalmente consagrada na maternidade, à mulher vê-se impelida a realizar a maternagem de irmãos mais novos e sobrinhos. Assim, arca com as responsabilidades inerentes a esse papel, ainda que, muitas vezes, não haja um reconhecimento de seus esforços. É possível concluir que as funções que a mulher tradicionalmente desempenha não tendem a ser socialmente valorizadas. Entre as participantes, a aprendizagem de eventos relacionados ao feminino ocorreu sem o necessário esclarecimento e suporte às suas dúvidas. Na seção seguinte, as implicações desse quadro podem ser percebidas na relação conjugal. Um sentimento de fracasso por não conseguirem manter uma relação conjugal satisfatória. Atribui o término do casamento à sua exclusiva responsabilidade. A falta de êxito em atender às necessidades masculinas justificaria a traição e, conseqüentemente, a separação conjugal. Subjacente à auto depreciação descrita, encontra-se o que considera ser o papel de uma boa esposa: não questionar. Ao demonstrar seu incômodo face à traição, acreditava ter possibilitado a separação. Culpa-se por não ter sido o ideal de esposa que havia projetado ser durante sua infância. Após a separação, tem dificuldades em estabelecer outros projetos para si. Ressente por não ter conseguido manter o casamento e, portanto, fracassar como mulher. Acreditando que não tinha mais o que oferecer aos outros e, sobretudo, a si própria, não reconhece mais seu valor. Não sabe como buscar outros referenciais para si, além dos que recebeu como o de ser uma "esposa compreensiva". Há uma dificuldade concreta, imposta pela degeneração visual, e simbólica, de perceber outras possibilidades de significação de suas relações e projetos de vida. A autoridade masculina parece justificar que o marido utilizasse o que é denominado, segundo a OMS, como violência psicológica perpetrada por parceiro íntimo – intimidação, constante desvalorização, humilhação. Embora através de insultos e traições se veja depreciada como mulher, sente que não lhe resta outra opção a não ser submeter-se. Terminar o casamento implica que ela falhou em se conformar às exigências conjugais. A influência do modelo patriarcal sobre a família contribui para que as mulheres continuem a ser subjugadas pela dominação masculina, que é sentida sobre seu corpo. É na materialidade do corpo das mulheres que todos os poderes e desprazeres se cruzam. A dominação sobre o corpo tende a ser percebida como uma expropriação pelas vítimas da violência conjugal. Com a expropriação do corpo, a ocorrência de sentimentos como a humilhação tende a contribuir para que a mulher apresente uma baixa auto-estima. Isto favorece a constituição de sintomas depressivos em etapas posteriores da vida. Uma das formas mais comuns de violência contra as mulheres é a praticada por parceiro íntimo (OMS, 2002). O fato de as mulheres, em geral, encontrarem-se emocionalmente envolvidas com os parceiros que as vitimizam e dos quais dependem economicamente, tem grandes implicações sobre a dinâmica do abuso, o qual pode ser: físico, sexual e psicológico. A OMS indicou que, apesar dos estudos sobre a violência de gênero se concentrar no abuso físico, para muitas mulheres o abuso psicológico é ainda mais intolerável. As justificativas culturais para a violência conjugal geralmente decorrem de noções tradicionais sobre os papéis característicos de homens e mulheres. Estas noções estabelecem que as mulheres devam cuidar dos filhos e de seus lares, mostrando obediência aos maridos. Se um homem considerar que a mulher não cumpriu seu papel ou ultrapassou os limites, pode utilizar a violência como resposta (OMS, 2002). A mulher fica, assim, exposta a uma situação de violência perpetrada por uma das pessoas que lhe é mais cara em seu ambiente familiar e em sua vida. A ambigüidade é configurada quando o parceiro, que supostamente deveria zelar pelo seu bem-estar, é quem a mantém subjugada física, psicológica e sexualmente. A violência conjugal, fato presente na vida de muitas mulheres retira não só seu direito enquanto cidadãs – como o direito de ir e vir – mas o domínio sobre o seu próprio corpo. Com a expropriação do corpo, muitas se calam face à violência sofrida pelo receio de que a denúncia abale o equilíbrio familiar, o que contribui para a manutenção das agressões. Este silêncio pode perdurar por vários anos, trazendo graves prejuízos à saúde física e mental da mulher. A raiva, a mágoa, a frustração são muitas vezes silenciadas pela mulher para a manutenção dos vínculos familiares. Considerando que o momento de "largar" o marido em função da violência sofrida havia passado porque o seu próprio tempo já passara. Já "velha", não tem condição de separar-se. Sente que deve deixar a agressão sexual no passado, mantendo em segredo a violência sofrida. O sentimento de fracasso conjugal e a situação de violência perpetrada por parceiro íntimo são aspectos que denotam como algumas mulheres tendem a se perceber de um modo pouco favorável. As freqüentes auto-recriminações tornam difícil a tarefa de identificar um saldo positivo em suas escolhas e realizações ao longo das etapas que antecederam à maturidade. Neste período, esta dificuldade vai ser configurada na queixa depressiva que as motivou a procurar tratamento. Conforme se pôde perceber, cada sentido relacionado à depressão fundamenta-se na construção de papéis sociais. Como propor alternativas às implicações desses papéis sem negligenciar a importância que representam em suas vidas? Este desafio aumenta, conforme os depoimentos, quando se considera que as mulheres aprenderam a atrelar seu valor pessoal à maternidade e ao casamento. Se a depressão está – ao menos em parte – relacionada às perdas e dificuldades enfrentadas, é preciso conferir crédito ao que vivenciaram em sua trajetória. Sem esse cuidado, o psicólogo no atendimento a mulheres na maturidade com diagnóstico de depressão tende a contribuir para a manutenção de estereótipos e preconceitos relacionados às dificuldades que enfrentam ao longo de seu ciclo de vida, marcadas, não raro, pela ausência de suporte social. Caso favoreça uma necessária acolhida à expressão dessas dificuldades, é possível que se depare com relatos de sofrimentos partilhados após anos ou décadas de segredo. POSTADO POR UMA MULHER


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Domingo, 04.10.09
Admita. Existe algo em sua vida que você vem tentando atrair, alcançar ou resolver e simplesmente ainda não conseguiu.
Não foi por não ter tentado. Você leu livros de auto-ajuda, assistiu filmes como O segredo e Quem somos nós?
Foi a seminários e fez varias outras coisas. Mas você continua dando murro em ponta de faca no que diz respeito a essa coisa (ou coisas) que você quer e simplesmente parece não conseguir.
O que está acontecendo? Por que você consegue atrair facilmente algumas coisas para a sua vida, mas continua com problemas nessa área? Afinal, a lei da atração funciona ou não funciona? Será que alguma coisa funciona de verdade?
Qual o real segredo?
O real segredo é que o seu inconsciente é bem mais forte do que você gostaria que fosse, é que enquanto você não conhecê-lo verdadeiramente, não tiver a coragem de realmente olhar para dentro de você, a culpa não deixará que você vá em frente. Alias não só a culpa, como também o medo, a inveja, a raiva, e principalmente suas imagens fixas, e a mascara que você tem que colocar todos os dias e noites, para que não veja a realidade.
Foi nos ensinado que devemos fugir do mal, que é feio sentir raiva, medo, ser pobre. Enfim tudo o que é negativo. Mas se não aprendermos a olhar verdadeiramente para o negativo, jamais teremos o positivo. A grande mentira é a de que: “Não podemos suportar uma dor intensa, nem uma prazer intenso.” Nós podemos sim suportar tanto a grande dor, como o grande prazer.


“A natureza humana é capaz de um mal infinito... Hoje, como nunca dantes, é importante que os seres humanos não subestimem o perigo representado pelo mal que espreita dentro deles. Ele é infelizmente, bastante real, e é por essa razão que a psicologia deve insistir na realidade do mal e deve rejeitar qualquer definição que o considere insignificante ou na verdade inexistente.” C. G. Jung


Você não é uma pessoa má. Eu não sou uma pessoa má. Contudo, o mal existe no mundo. De onde ele vem?
As coisas más que são feitas sobre a terra são praticadas por seres humanos. Nós não podemos pôr a culpa nas plantas ou nos animais, numa doença infecciosa ou em influências nefastas do espaço sideral. Mas, se você e eu não somos maus, que o é? Será que o mal reside apenas em outros lugares tais como a Alemanha nazista ou o império maligno da União Soviética stalinista?Ou será que ele habita somente os corações dos criminosos e dos barões das drogas, mas nãos das pessoas que conhecemos, e nem os nossos?
Será possível que ninguém seja mau, mas apenas desorientado?
Podemos nós realmente atribuir o horror do Holocausto, ou o sadismo de Idi Amin, ou a tortura sancionada pelo governo que acontece exatamente agora em muitos países, e que já aconteceu aqui, conosco, a uma mera desorientação? Essas palavras parecem inconsistentes e não basta como explicação.
Onde reside o mal? De onde ele surge?
E se começarmos a admitir que o mal reside em todos os seres humanos? Que o mal que existe no mundo nada mais é do que a soma do mal que existe em nós.
Mas “mau” é um adjetivo muito forte. A maioria das pessoas quer reserva-lo para os Hitlers e para os criminosos e se nega a aplicá-lo a elas mesmas. Será ele aplicável a você e a mim?
A primeira definição de “mau” dada pelo meu dicionário é: “moralmente repreensível, pecaminoso, maléfico. Essa definição torna claro que não é apropriado o uso da palavra para falar “dos males da doença e da morte”. Doença e morte são aspectos dolorosos da experiência humana, mas decerto não são “moralmente repreensíveis”. Por outro lado é correto tal adjetivo para falar da “maléfica instituição da escravidão”.
Eu já fiz coisas que são moralmente repreensíveis e tenho fortes suspeitas de que você também já fez. Todos nós temos falhas de caráter, todos somos mais ou menos egocêntricos, egoísta e mesquinho. E essas falhas de caráter levaram-me, muitas vezes a ser antipática, rancorosa, ciumenta, e a agir de forma que só contribuíram para aumentar o sofrimento no mundo. Mas isso az de mim uma pessoa má?
Você e eu certamente não somos maus em nossa totalidade ou nossa essência, mas temos o mal dentro de nós. Portanto, a palavra “mal” pode descrever um continuo de comportamento que vai desde a simples mesquinhez e o egocentrismo, num extremo, até o sadismo genocida do nazismo no outro. Aqueles dentre nós que habitam um extremo inferior do espectro podem ter o desejo de dizer que nada tem em comum com os assassinos do extremo oposto; contudo, será que não temos mesmo nada em comum com eles? Para usar o segundo daqueles sinônimos oferecidos pelo dicionário, não somos todos nós pecadores?
Há trinta ou quarenta anos atrás, a palavra “pecado” ainda era de uso comum, mas hoje (a não ser entre os fundamentalistas) ela praticamente não é mais empregada. Agora preferimos usar a terminologia da Psicologia que fala dos defeitos e falhas humanos, mas normalmente de uma maneira que põe a culpa alhures – nos pais ou na sociedade – por fazerem de nós o que somos. A mudança pessoal então ocorre quando compreendemos a origem da programação negativa que os outros nos infligiram, vivenciamos todos os sentimentos envolvidos (fundamentalmente raiva e pesar) e então perdoamos a fonte externa da nossa negatividade, da qual ainda sofremos. E isso é uma parte crucial do processo de transformação.
Contudo, na visão da psicologia nós perdemos algo que a velha idéia religiosa do pecado nos deu. A saber, que somos responsáveis pela nossa negatividade, pelos nossos atos e omissões. Ser responsável é muito diferente de ser culpado. Significa simplesmente reconhecermo-nos ás vezes como a origem da dor, da injustiça, e do descaso para conosco mesmos, para com os outros e para com o mundo.
Se eu posso admitir esse grau de responsabilidade – admitir que não sou apenas uma vitima do mal que há no mundo, mas que sou da minha própria pequena maneira, um iniciador de negatividade – então o que devo fazer a respeito? Como posso transformar o mal que existe em mim?
A religião tradicional nos dá preceitos morais a serem seguidos, tais como: “Faça aos outros o que desejaria que eles fizessem a ti” e “Ama a teu próximo como a ti mesmo”. Certamente nós podemos concordar que se todos pautassem a sua existência por essas regras áureas, o mundo seria um lugar muito mais agradável de viver. Eu não o faço e você não o faz. Se aceitarmos o principio como válido, por que é tão difícil segui-lo? Como posso mudar o meu comportamento? O que preciso fazer para tornar-me mais amoroso? Com demasiada freqüência a resposta da religião tradicional parece ser apenas: esforce-se mais.
Na religião tradicional, segundo as palavras de Carl Jung: “Todos os esforços são feitos para ensinar crenças ou condutas idealistas ás quais as pessoas sabem em seus corações que jamais poderão corresponder, e esses ideais são pregados por pessoas que sabem que eles mesmos nunca corresponderam, e nunca corresponderão, a esses elevados padrões. E mais: ninguém jamais questiona o valor desse tipo de ensinamento.”
As respostas da religião tradicional têm sido tão decepcionantes que muitas pessoas que
Antes teriam consultado um clérigo agora consultam um psicoterapeuta. A moderna psicologia tem sido bem-sucedida ao tratar com o problema do mal?
Essa é a pergunta que hoje quero deixar.
Fique na Luz e na Paz.
Fátima Jacinto
Uma Mulher


publicado por araretamaumamulher às 11:56 | link do post | comentar | favorito

Quarta-feira, 30.09.09
Quando achamos que não somos dignos de ter o que desejamos, duvidamos que possamos recebê-lo. A duvida é causada pela necessidade de controlarmos as situações.
São poucos os que realmente tentam compreender o numero de mascaras e disfarces usados pelo medo. Eu aprendi da maneira mais difícil, o que era o puro medo. Medo do fracasso, e mais ainda medo do sucesso, misturado numa só coisa.
Descobri que quando eu exclamava indignada: “Olha só que fizeram comigo!” na verdade estava sentindo medo. Medo de não ser capaz. Medo que descobrissem a verdade a meu respeito. (Hoje me pergunto: que verdade?). O medo tem tantos disfarces inteligentes que é quase impossível reconhecê-lo a todo instante. O que podemos fazer é torná-lo um aliado em vez de um inimigo. Tenho certeza de que não estou só, que há muitas coisas na vida que eu deixei de fazer por medo. Muitas vezes eu nem sabia que estava com medo. E quando sabia tinha medo de admitir. O medo me dominou e passou a ditar meus movimentos e reações a qualquer situação;
Quantas vezes você se perguntou: O que há de errado comigo? Porque não consigo mudar? A culpa e a vergonha caminham de mãos dadas pelo jardim da sua vida, causando um enorme estrago nela! Quando nos sentimos mal com relação a nós mesmos e/ou em relação ao que estamos fazendo, fica difícil tentar fazer qualquer coisa de positivo. Parece que não temos o poder de parar ou de mudar. Podemos até querer, mas não dá. Ficamos tão preocupados em compreender porque fizemos o que fizemos que continuamos a fazê-lo. A lei é a seguinte: “Quando nos concentramos naquilo que fizemos de errado, ficamos paralisados no que chamamos de erro. Isso é a culpa. Eu descobri que a única forma de se libertar da culpa, é confessar o que se fez perdoar-se e escolher outra coisa. Confessar! Dizer a alguém que eu menti que eu errei que não fiz o que disse que ia fazer? Eu jamais faria isso. Só de pensar eu ficava mais culpada, e com mais raiva. E pensava em mais mentiras para falar, como desculpa. Tinha que haver outra solução.
Quando estamos nesse estado de espírito, precisamos encontrar razões e desculpas para as coisas que fizemos ou deixamos de fazer. Procuramos culpados e nos tornamos vitimas. Tanto as vitima quanto a maioria das pessoas culpadas e das culpam os outros são impotentes, para escolher e mudar.
A culpa tem vitimas e vilões charfudando na lama da impotência e do desamparo. Como é que um simples mortal pode se levantar e seguir o seu caminho no meio de um dramalhão como esse? É simples, confesse para você mesmo o que fez, perdoe-se e faça outra escolha. Mesmo que isso signifique ter que falar com as pessoas que você prejudicou ou desonrou. Peça perdão, se elas não quiserem perdoar o problema não mais seu. Se elas deixarem de gostar de você o problema também não é seu. Você precisa se amar um bocado para assumir o que fez, pode parecer difícil, mas só se você tornar as coisas difíceis. E só fazer.
As coisas com as quais nos preocupamos parecem não acontecer nunca, e as que acontecem de forma inesperada são as coisas com as quais nunca nos preocupamos. Porque eu não previ isso? Como não reconheci aquilo?
Agora depois da morte do meu filho, eu voltei a me fazer essas perguntas, alguma coisa sempre me avisou, que o Vi era diferente, que eu poderia perdê-lo a qualquer descuido, sempre tive uma enorme preocupação em relação a ele, tanto que os outros sempre acharam que ele era o predileto meu, mais não eu sabia que ele precisava de cuidados especiais. Mais nunca em nenhum momento eu imaginei que uma coisa dessas pudesse acontecer. A bem da verdade eu sempre me achei tão indigna, que não acreditava ser digna de tamanha tragédia em minha vida.
Hoje sei que não soube antes porque eu não tinha condições de lidar com a situação naquele momento. Só na hora que aconteceu eu tinha.
Talvez por isso nosso caminho seja tão cheio de curvas, elas nos dão a oportunidade de ir vendo um pouquinho de cada vez. À medida que avançamos ganhamos terreno, um pouco mais nos é revelado. E assim a vida vai nos dando aquilo que conseguimos lidar em pequenas doses, umas mais amargas do que as outras é verdade.
O resultado é conhecermos quem não somos, e assim sabermos quem somos.
As condições com as quais nos defrontamos não nos definem. Elas nos lembram quem somos e quem queremos ser.
Quando eu vivia um casamento violento, sabia que não era aquilo que eu queria. Eu sabia que não deveria estar ali. A experiência me ensinou que não vim ao mundo para ser espancada e humilhada. Mas as nossas experiências nos lembram o que estamos pensando sobre nós mesmo. Se acharmos que devemos ser castigados, com toda a certeza seremos se achamos que devemos ser felizes seremos também.
Se eu soubesse antes que o meu casamento seria violento, eu teria ficado arrasada e muito provavelmente teria ignorado a informação. E por isso que a cada experiência caminhamos um pouquinho mais longe na estrada da vida.
Mas isso você só vera quando a culpa tiver ido embora totalmente.
Fique na paz e na luz
Fátima Jacinto
Uma Mulher.


publicado por araretamaumamulher às 14:11 | link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito

Quinta-feira, 24.09.09
A sensação que me da e que vc esta falando comigo, mas infelizmente a maioria das mulheres vivem nesta situação. Denunciar realmente já o fiz,eu queria realmente era me livrar deste sofrimento, queria poder acordar sem sentir dor,medo nojo angustia...
Poderia sim haver uma solução para a violência, já pensei em matar meu marido antes que ele me mate, hoje estou num cárcere sinto que não tenho mais forças para lutar.queria que alguém chegasse ate mim e dissesse vim te ajudar vamos comigo.Não posso denunciar novamente, queria fugir para longe dele somente para seguir vivendo só isso.
ate conseguir a liberdade viverei assim violentada e agredida todo o tempo, ate morrer...
não consigo mais me defender..
Este é um comentário que foi postado aqui no blog, hoje.
Amiga não é a maioria das mulheres que vivem essa situação. Existe outra forma de se ter uma relação baseada no respeito, no amor, na amizade e na cumplicidade.
Sei e como sei que quando se esta em uma situação dessas, tudo parece negro, não conseguimos ver a luz que dizem existir no fim do túnel. Mas ela existe, e está ai, é você que tem que mudar o foco para vê-la.
Vou fazer uma brincadeirinha bem seria: Pare de desejar a morte desse monstro, quanto mais se deseja que eles morram mais saudáveis e cruéis eles ficam...
Existe uma solução para a violência, só não sei se vai te agradar nesse momento. A solução é você parar de ter pena de si mesma, parar de achar que é uma pobre vitima da situação, e reagir, não com violência, mais com atitudes.
O maior medo de uma vitima de violência além do de ser espancada, é o medo de não ter o suficiente para a subsistência dela e dos filhos. Advogados existem para isso minha amiga. Para garantir nossos direitos perante a sociedade.
Na fase que parece que você está não é fácil sair, é complicado, mesmo porque o agressor, se cerca de todo o apoio possível da sociedade em que está inserido, como forma de precaução para não ser “pego”
A primeira coisa que eles fazem, normalmente é que a vitima se passe por uma pessoa mentalmente doente. Alguém que não está em seu juízo perfeito. Isso é quase praxe, entre os agressores contumazes. O que não deixa de ter um fundo de verdade, alguém em situação de risco não esta em seu juízo perfeito, nem poderia. Tem um monstro querendo matá-la e ele está fazendo isso da forma mais cruel que existe, aos poucos diariamente.
Ai começa o inferno: Porque toda a sociedade olha para você com desconfiança, e você esta com auto estima tão abalada que realmente parece louca. O ódio que aflora de uma situação dessas nos deixa realmente loucas, avariadas, sem nenhuma noção do que fazer, em que se apegar.
Matá-lo só irá servir para colocá-lo em um pedestal maior ainda perante a sociedade, não é isso que te interessa. Ou que interessa a qualquer mulher que esta sendo vitima desse tipo de violência. O que nos interessa é a justiça, a verdade. E que sejamos ouvidas e que nos dêem credito de ao menos se investigar o que estamos dizendo. Que nos devolvam nossa dignidade, nosso direito de sermos ouvidas, quanto seres humanos que somos não somos nós as rés, somos as vitimas, então é claro que somos nós que precisamos de apoio, de ajuda, de conforto.
Normalmente não é o que acontece.
Não sei como é sua situação nem financeira, nem social, mas te aconselho a procurar um conselho da mulher. A pensar seriamente em um psicólogo, não que você esteja louca, alias psicólogos não é para loucos. Mas fazer terapia, com toda a certeza ira aumentar e muito sua auto-estima, falar do seu problema, e saber que quem esta te ouvindo não vai te julgar, ira fazer com você veja a situação de outra forma, por outro ângulo, e isso com certeza te levaram a uma saída.
Estou te aconselhando em base do que eu fiz. Não tenho hoje outros parâmetros que não as minhas experiências para te aconselhar, minha amiga.
Sei e com sei o que você está passando. Sei que é desesperador ninguém nos ouvir, ninguém nos amparar. Porque foi assim que me senti nos momentos mais loucos da minha vida.
Fui espancada e humilhada nas minhas três gravidezes, é não podia contar para ninguém, mesmo porque ninguém acreditaria. Tão bom era o monstro em dissimular.
Todo agressor, é um manipulador social, eu ainda me lembro de ouvir aquele monstro, falando para os outros: como uma mulher fica sensível na gravidez.
Em como uma mulher deve ser tratada na gravidez.
Quando meu filho caçula nasceu, eu fiz uma cesariana, ele foi me buscar no hospital, três dias depois do parto. Deixou-me em casa, sem açúcar para adoçar a mamadeira do meu outro filho, sem óleo para fazer uma comida, e foi para Cuiabá (era época de carnaval) e ele foi com um casal de amigos dele se divertir. Não deixou nem um centavo. Voltou dez dias depois, porque a amiga dele havia sofrido um acidente, e não podia tomar sol no braço.
Eu imagino de que tipo de pessoa é essa amiga, ela sabia que eu havia acabado de dar a luz, ela sabia que não tinha ninguém comigo, e mesmo assim não fez nada. Ou melhor, fez, o convidou para irem se divertir.
Não é que as pessoas não sabem a verdade, mais elas preferem agir como se não soubessem, é mais cômodo, mais fácil. E por isso que só a denuncia acaba com uma situação dessas.
Não é que as pessoas não estão vendo o seu sofrimento, elas vêem sim, mais isso as incomoda de uma forma tal, que é melhor fazer de conta que não é verdade. Porque para assumir que é verdade, temos que ter a coragem para olhar, e isso mexe de uma forma absurda com nossa consciência, com o nosso EU, então fica mais fácil brincar de “faz de conta que ta tudo bem.”
E assim passamos a ser excluídas, porque nós somos o que eles não querem ver neles mesmos. Passamos a ser incômodos, a ser um peso para o grupo que freqüentamos.
Nossa sociedade vive muito de faz de conta. As pessoas acham que se fazer de conta o problema vai passar.
Não passa, ele só se agrava! Sinto informar. Sinto informar, também que o fato de fazerem de conta que uma mulher e seus filhos estão vivendo uma situação de risco, não vai de forma alguma melhorar a situação.
Minha situação e dos meus filhos nunca foi melhorada porque pessoas da sociedade, sempre preferiram fazer de conta que estava tudo bem, fingir que o amigo deles, o puxa saco, era um pai amoroso, e eu uma louca, isso nunca trouxe comida para nossa mesa, isso nunca nos trouxe nem uma cadeira para sentarmos, isso nunca nos trouxe uma casa decente para morar, isso nunca nos trouxe dignidade para se viver com um mínimo de decência.
Isso nos trouxe a mim um filho morto, e aos meus filhos a perda de um irmão. Perdas são irreparáveis, por mais que os monstros digam que não são nada, a perda de um filho de um irmão não tem reparação. Não adianta dizer que isso vai passar, não vai, é uma situação absurda, e um absurdo sem graça. Não existe graça em uma criança de dezesseis anos que estava sendo induzida a trabalhar e assumir a responsabilidade do sustento de uma casa, de uma família para que um monstro pudesse ter mais dinheiro para se divertir.
Essa sociedade tem sim consciência do que esta acontecendo com seus membros. Os grandes amigos do pai do meu filho, aqueles inseparáveis, não tiveram nem a coragem de vir nos dar os pêsames. É consciência existe sim, Graças a Deus. Levaram o “grande amigo” para espairecer na praia. Seu filho morre de uma forma absurda e uma semana depois você vai curtir uma praia com seus amigos. Não consigo entender.
Fingir que um problema desses não está acontecendo é leviano, e estúpido, e de uma maldade sem tamanho.
E por isso que é tão difícil parar a agressão, porque a sociedade, nossos políticos ainda não se conscientizaram de verdade da gravidade da situação. Discurso não resolve o que resolve é começar a denunciar. E começar primeiro no circulo em que se vive é obvio, quando um político aceita que uma pessoa faça parte de seu circulo de amizades próximo,bem próximo, mesmo tendo consciência de que essa pessoa faz tudo o que foi dito acima, e faz com sua total conivência e até incentivo, o que nos resta fazer? Rezar?
Eu atualmente estou fazendo cada dia mais do que rezar. Estou denunciando. Já disse e volto a repetir: Meu medo está enterrado desde o dia 11 de janeiro de 2009. Parar-me agora só tem um jeito, e eu quero ver, quem terá coragem.
Fique na luz e na paz.
Fátima Jacinto
Uma Mulher.


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Quarta-feira, 23.09.09
E o amor um sentimento brutal, que leva uma pessoa a cometer um crime?
Tenho visto no país uma onda de assassinatos em nome do amor.
Na minha maneira de ver quem ama, cuida, protege, zela. Quem ama, não espanca, não humilha, não faz pressão psicológica, não induz o outro a fazer o que não quer, e principalmente não mata.
O crime passional não existe: ocorre em contexto sexista por homens incapazes de fazer o luto de relacionamento, diz Lopez. Os autores de crimes passionais não têm problemas psiquiátricos. Que esse crime não é um crime por amor, mas um crime de quem sofre de narcisismo. E ele lembra: não se deve nunca esquecer que o criminoso, acha, no sexismo, na lei do mais forte, na valorização da masculinidade e na desenfreada competição social, as razões que lhe servem para justificar o seu ato. "
Hoje estava olhando na internet sobre o crime ocorrido em Rondonópolis, e encontrei uma reportagem que muito me interessou: O repórter dizia que em um mês este é o terceiro caso de crime “passional, no estado do Mato Grosso, o primeiro foi em Alta Floresta, que uma mulher foi assassinada pelo ex namorado (eles namoram dois meses) amor rápido e literalmente fulminante. O segundo em Cuiabá, foi bem parecido com o de Rondonópolis, um ex marido não aceitando ter que ir a busca de outra para espancar, entrou na casa da mãe da ex mulher, matou a ex mulher, a mãe e o padrasto. Porque a amava muito, com certeza.
O pré conceito ainda é grande em relação à mulher. Quando entramos em uma delegacia para fazermos um boletim de ocorrência, sentimos como se fosse nós deveríamos ser presas.
Duvidam do que dizemos não nos levam a serio.
Não basta existir a Lei Maria da Penha, ela tem que ser cumprida com os rigores que lhe é devido.
Se Crisa Renata tivesse não só registrado um boletim de ocorrência, mas também sido levada a serio, ela não estaria morta, não teria um monstro a mais solto como temos hoje.
Infelizmente, não é só no Mato Grosso que isso vem ocorrendo.
Tenho lutado para que a educação pelo respeito, e pela igualdade, seja dada em nossas escolas.
Estou com um projeto para buscar nas escolas publicas aquelas crianças de doze a quinze anos, que são mais violentas, mais rebeldes, e começar a fazer um trabalho de base mesmo com essas crianças. Sabemos que uma criança criada em um lar violento, tem noventa por cento de chances de ser um adulto violento.
Meu projeto é começar a trabalhar a criança e aos poucos e dando sustenção a mulher que está em casa calada, sofrendo maus tratos e espancamentos.
Setenta por cento das mulheres que sofrem violência ainda não tem coragem de denunciar o seu agressor. E agressor sem denuncia e agressor livre para matar, para abusar dos filhos, e um sem limites de barbaridades.
Não conheço nenhum outro meio de deter um agressor, ou se denuncia, ou se espera que ele morra.
Creio que a segunda hipótese é inviável. Porque eu sonhei por muitos anos enquanto estava casada com o velório do meu ex marido. Ele saia e minha imaginação já começava a funcionar. Via cada detalhe, nunca adiantou nada, continua vivo até hoje e esbanjando saúde, para fazer com outras o que sabe fazer tão bem.
Ensinar o Ser a colocar para fora sua raiva e frustração, talvez seja mais importante do que fazer alguém grave a data do descobrimento do Brasil, pelo menos será bem mais útil. Dar a criança na pré adolescência o direito de sentir o que teme sentir, é um presente sem preço para o seu futuro.
Somos todos nós que já sofremos agressões e violências de qualquer tipo, pessoas que tem dificuldade em expressar seus sentimentos, em dizer o que pensa, em nos mostrarmos.
Sentimos vergonha do que passamos como se fossemos os culpados. Não conseguimos ver que a culpa não está em nós, mas no agressor. E muitas vezes é o agressor quem é o mantenedor da família, e ai a coisa complica um pouco mais. Porque ao mesmo tempo em que existe um crescente ódio, uma crescente vontade de não mais ver aquela pessoa, existe também, o medo de passar privação, o medo de não ter com quem contar, porque não podemos negar que o vinculo afetivo existe, mesmo sendo um vinculo afetivo negativo, confuso, ele existe, se não existisse não existiria a situação de agressão.
As vitimas começam a se sentirem culpadas, por esta desejando que o agressor suma, morra, desapareça, não volte mais.
Quando um agressor diz que sua esposa esta louca, ele não esta mentindo não, a vitima de agressão pode até não ser louca, mas com toda a certeza ela está louca, está avariada, assim como os filhos e todos que vivem em torno de um monstro desses.
Ser louco é uma coisa, está louco é outra. Eu estive louca, enquanto aceitei que um monstro me manipulação, usasse minha inteligência, usasse meu trabalho, meu dinheiro, e ainda saísse me caluniando, e na época nada fiz para me defender, por medo. Medo de quem? Quem é o devedor da historia?Quem tem que ter medo?
Vitimas não precisam ter medo de abrir a boca. Mais infelizmente tem. O medo é um defeito paralisante.
Por isso o meu projeto. De ensinar nossas crianças a deixar de ter medo. A pararem de temer o que não tem que ser temido.
Por outro lado, temos que ter a certeza que nossas denuncias sejam ouvidas, e verificadas.
Porque senão teremos que ter é terror.
Fiquem na paz e na luz.
Fátima Jacinto
Uma Mulher.


publicado por araretamaumamulher às 14:10 | link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

Sexta-feira, 28.08.09
O mundo em que vivemos é um mundo de escassez, e nós só estamos nele por que algo nos falta. Temos que apredermos a nos perguntar: O que realmente está nos faltando?
Quando decidi fazer essa pergunta recebi uma resposta devastadora para mim. O que me faltava era Amor. A enorme carência e falta de adequação que sempre senti, eu havia transferido para minhas finanças. Fiz isso porque doia muito encarar o fato de que eu carêcia de amor, de me sentir amada, necessaria.
Por isso eu rarissimas vezes tive o suficiênte para sobreviver com o minimo de dignidade, com meus filhos.
Controlar ou fugir das dividas, era parte da minha vida, como o ato de se alimentar.
Mas meu ego exarcbado jamais me deixou admitir que o que eu realmente queria era amor, eu precisava me encher de amor. Como não conseguia me enchia de dividas, me enchia de comidas, me enchia de cigarros e fazia da minha vida e da vida dos meus filhos uma mentira.
"Você precisa investigar e descobrir por você mesma o que é a verdade". Essas palavras poderosas ditas por um amigo, foi meu ponto de partida.
Quando você tem coragem bastante para por em duvida e xaminar aquilo que aprendeu a aceitar como verdadeiro a sua recompensa será verdadeiramente deslumbrante. Descobrir e abraçar a verdade, encherá seus olhos de lagrimás e erradicará as falsas crenças. "A verdade vos libertará".
A verdade nos libertará dos temores habituais que o processo da vida nos impõe. A verdade iluminará a necessidade de sermos qualquer coisa além do que já somos.
Mas todos nós temos segredos, todos nós temos alguma tendência a viver com medo do julgamento. Uma voz dentro de nós nos previne que outras pessoas julgarão nossas transgressões tão duramente quanto o fazemos.
Mas essa auto-codenação possui outra face. Para fazer com que nos sintamos mais seguros de sermos julgados, procuramos defeitos nos outros primeiro.
Toda incerteza vem do fato de que você está sob coerção do julgamento. Trazer a tona o que quer que você pense que está errado consigo mesmo é a unica maneira de dissolver a culpa e a vergonha.
Quase todos nós já pedimos amor e recebemos rejeição no lugar dele. Levamos nossa fragil auto-imagem para situações em que elas foram surradas, em que a esperança morreu e nossa pior imaginação tornou-se verdade.
O efeito da rejeição, do fracasso, da humilhação, e de outros traumas é o entorpecimento dos nossos sentimentos.
Que a luz e apaz esteja com todos até amanhã.
Ararêtama uma mulher.


publicado por araretamaumamulher às 05:52 | link do post | comentar | favorito

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