Domingo, 23 de Agosto de 2009
Quando tomamos uma atitude, não estamos na maioria das vezes conscientes, do que aquela escolha vai nos causar no futuro.
Um dia uma criança rebelde na adolecência começou a ficar muito violento comigo, e eu procurei o jeito mais fácil de resolver o problema. Entrei meu filho para o pai dele. Isso era um castigo eu sabia, conhecia o monstro a quem eu estava entregando o meu filho. Mas "ele tava precisando de um castigo " eu pensei. Quantas vezes ele me ligou dizendo: "mãe vem pra cá. A senhora faz tanta falta." Mas eu não queria vir, não queria voltar. Não queria enfrentar novamente, o monstro, mas deixei que meus filhos o enfrentasse. Sei que é minha responsabilidade enfrenta-lo. Mas naquela época não tinha esse discernimento, e agora que tenho, não tenho mais o Vinicius, meu filho está morto. Morto por minha irresponsabilidade em ser mãe. Morto porque eu fiz as escolhas erradas. Porque não tive coragem de enfrentar o meu problema, o problema que eu criei para ele e para seus irmãos. Essa é talvez a maior dor. A dor de assumir a verdade. Mais eu creio que só assim eu vou me curar e me fortalecer.