Domingo, 23 de Agosto de 2009
Somos todos curadores feridos. Todos relutamos muito em nos tornar vulneráveis, em levantar o véu que nos recobre e mostrar o que temos dentro de nós, sejam coisas positivas ou negativas. Hesitamos em revelar a dor ou o ferimento que cada um de nós, á sua maneira, traz em si. Sentimos vergonha e nos escondemos. Achamos que somos os únicos ou que a nossa dor é mais desprezível que a de qualquer outra pessoa. Isso é muito difícil para nós, a não ser que nos sintamos seguros. Essa é a nossa condição humana. Cada um de nós precisará de algum tempo e de muito amor para se mostrar. Devemos dar uns aos outros bastante tempo, espaço e apoio com amor. É ´por meio desse ferimento que todos estamos aprendendo a amar. Esse ferimento interno que todos temos é o nosso maior mestre. Devemos reconhecer quem realmente somos por dentro.Somos a bela essência do nosso Eu Superior, apesar das camadas de dor e de raiva que nos encobrem. Cada um de nós é único na sua individualidade, e é muito bom que seja assim. Devemos nos tornar curadores feridos, ajudando-nos mutuamente a compartilhar a verdade de nosso ser interior.
Podemos descobrir que estamos num universo benigno, rico, propicio á vida e sagrado. Somos carregados nos braços do universo. Sonos rodeados por um campo de saúde universal que garante e mantém a vida, e ao qual podemos nos ligar. Podemos ser e, de fato, sempre somos, nutridos por ele. Fazemos parte dele e ele faz parte de nós. O mistério divino da vida está dentro de nós e em toda a nossa volta.
As vezes, quando não estamos alertas, nós nos soltamos, e surge a força criativa!
Um súbito gesto de bondade, ou uma expressão de amor ou de amizade que se manifestam antes que possamos pensar nisso é uma expressão do eu Superior. Cria-se um momento d estreita ligação, e o amor é liberado.
Então, não podemos tolerar a luz e o amor, nós nos tornamos tímidos e nos afastamos. Basta alguns segundos para ficarmos constrangidos e nos "fecharmos" um pouco. Um medo súbito surge aparentemente do nada, e diz: "Oh, talvez eu tenha agido mal". Essa é a voz dos nossos pais falando, substituindo o Eu Superior. Sob ela, está a defesa. Ela na verdade quer dizer: "Se não detiver esse fluxo d energia, provavelmente vai sentir tudo, incluindo a dor que estou escondendo de você ". Assim interrompemos e refreamos o fluxo de nossa força vital. Nós nos conduzimos de volta ao nível "normal" de "segurança", em que não colocaremos em risco a boa ordem da nossa vida.
Essa é a condição humana.Vivemos a dualidade da escolha, não importando quais sejam as circunstância de nossa vida. A cada momento, escolhemos entre dizer sim a uma vulnerabilidade natural, rica e sem riscos, que dá origem á nossa plena experiência de vida, ou dizer não a tudo isso. quando optamos pelo não, nós nos defendemos da experiência de uma vida verdadeiramente equilibrada e bloqueamos a nossa vitalidade.
A maioria de nós prefere matar um pouco da nossa vitalidade durante a maior parte do tempo. Por quê? Porque, inconscientemente, sabemos que deixar a força vital fluir irá liberar a antiga dor, e temos medo dela. Não sabemos como lidar com isso. Por esse motivo, adotamos uma atitude defensiva e voltamos para as velhas e aparentemente apropriadas definições falsas a respeito de quem realmente somos. As vozes de nossos pais ficam mais forte e continuamos a nos afastar. "Quem você pensa que é? Deus?" "Você realmente acha que pode mudar as coisas?"Hora seja realista! As pessoas não mudam. Aceite aquilo que você tem." "Você é ganancioso." "Você não dá valor ao que tem." Ou então: "Se você tivesse nascido mais bonita." "Se os seus pais tivessem tratado melhor você..." "Se o seu marido não tivesse feito isso...". E assim por diante! Existem milhões de maneira por meio das quais a máscara pode falar para conserva-lo no seu lugar. Em certa medida ela impede que você sinta a sua dor. A longo prazo porém ela gera mais, dor e, posteriormente, doença.
Cabe a cada um de nós retornar o contato com o nosso Eu Superior e curar a nós mesmo.
Meus amigos amanhã tem mais.
Fiquem com Deus e que a Luz ilumine suas emoções.
Maria de Fátima uma Mulher...


publicado por araretamaumamulher às 15:06 | link do post | comentar | favorito

Todos têm algo a dizer sobre Deus. Algumas pessoas afirmam que são indiferentes á ideia de Deus. Não têm esperança de vir a saber se Deus existe e, assim, preferem não perder tempo com o assunto. Outras são passionais quando tratam do tema - ou à maneira ateia, ou teísta e sectária. Os passionais estão convencidos de que estão certos e, por vezes, demonstram certo desprezo, explicito ou velado, por quantos são de outra crença.
Independentemente da exaltação ou da indiferença das pessoas, parece raro que alguém mude o ponto de vista de uma outra pessoa por meio de argumentos; entretanto, as pessoas mudam de crença e podem, depois, adotar de modo exaltado pontos de vista que antes desaprovavam de modo também exaltado.
Os que duvidam as vezes dizem que não podem entender de que modo um Deus onipotente e que a tudo ama poderia aceitar tanta infelicidade e injustiça no mundo. Amiúde, essas pessoas começaram acreditando que o mundo fosse cruel e injusto, e então terminaram em alguma forma de ateísmo, achando que chegaram a essa conclusão por via lógica.
Outros acreditam em Deus, porém, entre os bilhões que acreditam,deve haver milhões de crenças diferentes sobre a natureza de Deus. Até entre os cristãos a variedade de crenças e práticas é enorme. O que fazer com essa confusão? De que modo entênde-la?
Existe duas razões principais para a grande diferença entre as pessoas no que concerne a isso. A primeira é que as imagens especifica formadas na infância determinarão a natureza dos sentimentos e suposições inconscientes que teremos sobre Deus quando formos adultos.
Antes que possamos ter esperança de dizer algo de valor sobre o tema, temos de primeiro examinar a natureza de nossas suposições inconscientes a esse respeito.
Evoluímos por estágios em nossa relação com Deus, à proporção que passam por uma vida e por muitas vidas. Esses estágios se desenvolvem primeiramente a partir de uma crença ingênua e superticiosa, passando pelo ceticismo e pela descrença, até chegar por fim a uma crença nova e fundamentada que se purificou da supertição. À proporção que os seres humanos amadurecem nos estágios do desenvolvimento, a relação que têm com Deus muda muito.
Aprendemos como a natureza de nossa oração deve mudar, à medida que compreendemos com mais clareza quem somos na relação que temos com Deus.
Amanhã tem mais meus amigos
Fiquem na Luz e no Amor
Maria de Fátima uma Mulher...


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Quando nascemos, ainda estamos muito ligados a uma grande sabedoria e poder espirituais por meio do nosso âmago. Essa ligação com o nosso âmago e, portanto, com a sabedoria e o poder espiritual nos proporciona uma sensação de completa segurança e de admiração. Ao longo do processo de amadurecimento, essa ligação vai aos poucos desaparecendo, e é substituída pelas vozes de nossos pais, que tentam nos proteger e que zelam pela nossa segurança. Elas falam de coisas certas e erradas, boas e más, de como tomar decisões e de como agir ou reagir numa determinada situação. Á medida que essa ligação com o âmago desaparece, nossa psique infantil tenta desesperadamente substituir a sabedoria original inata por um ego atuante. Infelizmente, a voz dos pais que se havia sobreposto ou que fora introjetada jamais consegue realmente fazer isso. Em seu lugar, o que toma forma é uma máscara do Eu.
A máscara do Eu é a nossa primeira tentativa de nos corrigirmos. Com ela tentamos expressar o que somos de uma maneira positiva e que também seja aceitável para os outros num mundo onde temos medo de ser rejeitados. Apresentamos as nossas máscaras do Eu ao mundo de acordo com o que achamos que o mundo diz de correto, para que possamos ser aceitos e nos sentir seguros. A máscara do Eu se esforça para estabelecer uma ligação com os outros porque essa é a coisa "certa" a fazer. Mas ela não consegue estabelecer uma conexão profunda porque nega a verdadeira natureza da personalidade. Ela nega os nossos temores e sentimentos negativos.
Embora nos esforcemos ao máximo para criar essa máscara, mesmo assim ela não funciona. A máscara jamais consegue produzir a sensação interior de segurança pela qual lutamos. De fato, ela gera a sensação interior de que somos impostores, porque estamos tentando provar que somos bons e não conseguimos fazer isso o tempo todo. Sentimo-nos como se fôssemos impostores e sentimos mais medo. Assim, redobramos os nossos esforços. Valemo-nos de toda a capacidade para provar que somos bons (uma vez mais, de acordo com a voz dos pais que foi introjetada) e isso gera mais medo, especialmente porque não podemos manter a fraude o tempo todo e, por isso, nos sentimos mais falsos, ficamos com mais medo, e se forma um ciclo vicioso.
Usamos a máscara com o propósito de nos proteger de um mundo supostamente hostil, provando que somos bons. A intenção da máscara é a falsa aparência e a negação. Ela nega que o seu proposito seja ocultar a dor e a raiva porque nega a existencia da dor e da raiva na personalidade. O proposito da máscara é proteger o Eu, deixando de assumir a responsabilidade por quaisquer atos ou pensamentos negativos.
Da perpectiva da nossa máscara, a dor e a raiva existem apenas do lado de fora da personalidade. Nós não ssumimos nenhuma responsabilidade por isso. Qualquer coisa negativa que aconteça deve ser culpa de alguma outra pessoa. Nós as culpamos. Isso significa que alguma outra pessoa é que deve estar sofrendo ou sentindo raiva.
A unica maneira de manter essa máscara é sempre tentar porvar que somos bons. Interiormente, nós nos ressentimos da constante pressão que impomos sobre nós mesmo para sermos bons. Tentamos agir de acordo com as regras. Ou, então tentamos provar que estamos certos e que os outros é que estão errados.
Nós nos ressentimos por ter que viver de acordo com as regras de outra pessoa. Isso dá muito trabalho. Queremos fazer apenas as coisas que gostamos. Ficamos cansados, irritados, negligenciamos nossas obrigações e disparamos queixas e acusações negativas. Magoamos as pessoas. A energia que retivemos com a máscara se desvia, força a nossa intenção é nos conservamos seguros, provando que somos bons.
Em algum lugar dentro de nós, gostmaos de desferir golpes nos outros. Liberar a energia é um alivio, mesmo se ela não for pura e sincera, mesmo se não estivermos agindo de forma responsável ao fazê-lo. Há uma parte de nós que gosta de despejar a nossa negatividade nas outras pessoas. Isso é chamado de prazer negativo, cuja origem está no Eu inferior.
Fátima Jacinto
Uma Mulher


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Nossa experiência de vida é um reflexo exato da pessoa que somos por dentro. Sempre que a vida mostrar algum aspecto nosso restritivo e insatisfatório, precisamos ir mais fundo na exploração do território interior, para que nos seja revelado onde ficou bloqueada a possibilidade de uma vivência mais rica. Cada vez que ampliamos o território interior, a vida exterior também se amplia. Nosso melhor mestre espiritual é sempre a vida que está bem à nossa frente; as mais importantes lições espirituais sempre assumem a forma de experiências de vida.
Para ampliar a vida, precisamos estar dispostos a entrar nas nossas áreas interiores que desconhecemos.
O trabalho espiritual é a disciplina pela qual as fronteiras do eu são lenta e constantemente ampliadas, até integrar na consciência mais e mais quem somos. É preciso ter dedicação e coragem para ampliar a idéia que fazemos de nós mesmos. Para crescermos, temos que estar dispostos a eliminar as defesas contra a dor enterrada.
Todos os nossos anseios, é no final das contas o mesmo - vivermos uma relação mais amorosa conosco mesmos, com os outros, com o ambiente e com Deus. Podemos nos envergonhar desse anseio porque ele nos expõe à sensação da criança que tem seus desejos contrariados ou suprimidos. Podemos temer esse anseio porque ele contém a possibilidade da decepção. No entanto, somente quando despertamos e respeitamos nossos anseios é que teremos a motivação para executar o trabalho interior que leva à expansão da vida.
A maioria dos nossos anseios podem ser expressos como desejo de amar ( o eu, o outro, o trabalho, a natureza ou Deus). O primeiro passo é aprender a amar e a ser amado. Dessa forma, assentamos o alicerce para satisfazer todos os anseios. Aprendemos a nos identificar com uma parte nossa que podemos amar, e depois orientar esse amor para outros aspectos nossos que não parecem ser dignos de amor. Aprender a amar e aceitar tudo o que há em nós é a ferramenta primordial e permanente da cura.
A vontade de amar e ser amado leva à expansão pessoal e à expansão da vida. Mas é preciso também estar disposto a pagar o preço: honestidade total e capacidade de se enxergar, de discernir as restrições que impomos a nós mesmos. Aprendemos a ver quando odiamos em vez de amar ( a nós e aos outros), quando nos limitamos por medo ou orgulho, quando acreditamos que somos vitimas inocentes e os outros responsáveis pela nossa infelicidade.
Perpetuamos a não-consciência quando nos empenhamos em aceitar apenas o lado positivo da vida humana e negar ou evitar a outra metade. Se enfocarmos apenas as boas qualidades e ignorarmos os problemas que, como a nossa vida revela, devem existir em nós, ou se esperarmos a satisfação sem efetivamente encarar tudo o que bloqueia essa satisfação, vamos viver em perpétua ilusão, e nosso crescimento espiritual continuará incompleto.
Se queremos amor e poder, prazer e expansão criativa, precisamos também estar dispostos a sentir medo e impotência, dor e contração, pois a tentativa de excluir esses estados "maus" restringe de tal forma a capacidade de experimentar a vida que os "bons" também ficam fora de alcance. Quando cortamos a percepção de um lado de nós mesmos, também cortamos a percepção do lado oposto. Quando nos abrimos, abrimo-nos para tudo.
Talvez você fica ai pensando que isso tudo são só teoria, não, não é, eu tenho colocado tudo o que escrevo aqui em minha vida.
Se eu dissesse que está sendo facil, eu com certeza estaria mentindo, as vezes é tão vergonhoso no começo de uma descoberta que chega a dar enjôo, outras eu penso que não é a realidade quando tenho que encarar uma responsabilidade que andei a muito querendo fugir. Não resta nenhuma duvida de que é muito mais facil, e sem trabalho, colocarmos a culpa nos outros, no governo, no transito, na violência e assim por diante, já que nossas listas de culpados é infinita...
Mas quando decidimos levar realmente a serio a faxina interna, as coisas começam a ficar mais leves e vale a pena .
Amanha tem mais meus amigos
Fiquem na Luz, e no Amor.
Maria de Fátima uma Mulher...


publicado por araretamaumamulher às 15:05 | link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

Não existe certo ou errado, só existe o que existe.
Intelectualmente eu sabia disso a muito tempo, mas não entendia no meu coração.
Você deve está se perguntando: Então não é errado roubar, mentir, matar? As pessoas que cometem tais atos o fazem por medo, vergonha ou culpa. É errado sentir medo, vergonha ou culpa?
As pessoas fazem as coisas quer julguemos que estejam certas ou não, nosso julgamento não as fazem parar. Quando julgamos o que fizeram na realidade, estamos lhes dizendo as condições que impomos para ama-las. Caso façam o que esperamos delas, nós as amaremos. Mas se as julgamos erradas ficamos com raiva e as ameaçamos com á possibilidade de deixarmos de ama-las.
Uma pessoa sem amor é uma pessoa amedrontada, é o medo é capaz de fazer coisas pouco amorosas.
Tememos tudo aquilo que não nos é familiar e não compreendemos. As pessoas são escravizadas pelo medo ou por causa dele. Quando nos descontrolamos buscamos controle. As pessoas impotentes buscam o poder. As pessoas são mortas quando a impotência busca o controle.
As pessoas fazem o que fazem em virtude do que são, daquilo em que acreditam e das informações que possuem naquele momento, para apoiar sentimentos e crenças. A escravidão é uma coisa errada hoje, a quatrocentos anos parecia ser um empreendimento economicamente viável e lucrativo. Hitler é considerado um monstro hoje em dia, no seu tempo entretanto era apoiado ou ignorado por milhares.
Dizer que foi certo ou errado não muda o fato de que foi. Quando nós achamos que foi errado, que algo não está certo na realidade estamos dizendo que há algo errado conosco mesmo.
Só a libertação da culpa, desfaz o ego.
Somos espelhos, refletimos no outro a nossa culpa. Temos que fazer o outro se sentir culpado, porque assim o ego nos diz que nos sentiremos melhores.
Mas creia-me não faça ninguém se sentir culpado ou com medo, porque a culpa do outro é a sua condenação e você não escapará da punição se agir assim.
Porque o mundo só pode nos dar o que damos a ele, ou seja nada mais do que nossas projeções nos são devolvida
Porque nossas projeções são nosso tesouro e sempre depositamos nossa fé nela. Por isso se depositamos nossa fé no passado, o nosso futuro será igual.
Seja o que for que você valorize, pensa que é seu, o seu poder de avaliação fará que assim seja.
Quando você condena o outro está dizendo: eu era culpado, escolho continuar sendo, eu nego a minha liberdade e te escolho como minha testemunha.
A culpa nos cega, e como a projetamos no mundo, ele nos parece escuro. Jogamos um véu escuro sobre ele e não podemos vê-lo, porque temos medo de olhar para dentro, medo do que iremos ver lá. Não sabemos que o que tememos não está lá, que essa coisa que nos causa terror só existe na nossa imaginação.
Não tenha medo de olhar para dentro, não acredite quando o ego te diz que lá dentro tudo é negro de culpa e te pede que não olhe, o ego te pede que ao invés de olhar para dentro olhe para o outro e veja nele a culpa, o erro e o pecado.
Tendo dito isso, sinto necessidade de acrescentar que é muito mais fácil dizer do que fazer escolhas amorosas. A todo momento surgem obstáculos que parecem afirmar: "Não vale a pena...." Parece mais lógico pensar: "Vou amar quando... e completarmos a frase:meus filhos se comportarem, meu conjugê mudar, minhas contas estiverem pagas, eu emagrecer, eu superar essas dificuldades. A lista é infinita.
Levei muito tempo para aprender que o vazio que sentia dentro de mim, era falta do amor. Eu vivia cheia de ressentimentos, sentindo me uma coitada, vitima de todos que se aproximavam de mim, explorada e usada...Achava que não existia outra opção de vida a não ser aquela cheia de infortúnio, magoas, dores, e misérias. Tive que criar coragem para olhar para os meus bloqueios e identifica-los, para depois chegar ao amor. Descobri que a maior parte deles tinha origem nos meus pensamentos negativos, que são ecos de vozes que carregamos desde a infância ou até de outras vidas. Temos uma auto-imagem negativa que resulta de terríveis acontecimentos na nossa infância ou de comentários depreciativos repetidos durante um longo período.
Precisamos trazer a tona e reconhecer esses padrões e reconhecer esses padrões negativos de pensamentos, investindo tudo para nos desapegarmos deles. Para isso temos que enfrentar a vergonha e o medo da aniquilação que nos é inerente.
Fátima Jacinto
Uma Mulher


publicado por araretamaumamulher às 15:05 | link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

É extremamente difícil conceber as muitas contradições do ser humano. Caímos com facilidade na tentação de esquematizar a nossa experiência. Quando vemos nossos defeitos, perdemos de vista a nossa magnificiência. Quando reconhecemos a nossa beleza, esquecemos a dor e a vulnerabilidade. No entanto, os dois extremos, e tudo o que fica no meio, são parte da experiência humana, parte da nossa experiência, da nossa verdadeira natureza como seres humanos.
Como espécie, adquirimos uma capacidade incrível e inaúdita de fazer perguntas sobre nós mesmos. Contudo, como espécie, estamos constantemente tentando definir e, portanto restringir a nossa complexidade. Nossa mente ainda é limitada pela ilusão dualista de que somos ou isto ou aquilo. Definimos a nós mesmos, e aos outros, em termos das dualidades que a nossa mente foi estruturada para reconhecer. Damos a nós mesmos, e aos outros, rótulos de felizes ou de infelizes, de equilibrados ou dementes, de dignos ou indignos de confiança. Tentamos colocar rótulos e obter respostas finais a nosso respeito para manter a nossa identidade segura e fixa.
Somos todos como crianças assistindo uma peça de Shakespeare. Quando nos assusta a fúria do Rei Lear na charneca tormentosa, imediatamente queremos saber se ele é um sujeito bom ou mau - como se a resposta a essa pergunta pudesse, de uma vez por todas, mitigar a ansiedade que está no cerne da nossa complexa natureza boa e má. Precisamos, aos poucos, ensinar nossa mente imatura e dualista a abarcar a totalidade da experiência humana, a transceder o pensamento por oposição - "ou isto ou aquilo" - e dar lugar á sabedoria do "tanto isto como aquilo". Este é o proximo salto evolutivo da nossa espécie.
Jamais vou me esquecer da Lidia lá na Unipaz, falando com aquela voz mansa propría dela:"Paz não é ausência de guerra, paz é inteireza". Quando ouvi isso pela primeira vez, me senti assustada, porque minha máscara principal sempre foi essa: "não eu não vou brigar, porque não quero me desarmonizar e desamonizar os outros, eu sou da paz, a vitima que sofre para não incomodar". Não era essa a verdade eu não "brigava, não impunha minha vontade, não dizia o quer queria, por dois motivos: o primeiro era o medo,a minha baixa auto -estima não me deixava abrir minha boca, e o segundo é que eu adorava ser vitima, ser a coitadinha, a sofredora incompreendida..."
Somos muito mais do que pensamos ser. Em cada momento, quer tenhamos ou não consciência da nossa vastidão interior, alcançamos mais longe e mais fundo que nossa personalidade atual. A forma de aumentar a auto estima evolui, então para o questinamento sobre essa identidade. Nesse questionamento, descobrimos identidades internas de mais dignidade e nobreza de espírito do que julgávamos ser possível.
No entanto, da mesma forma que procuramos não conhecer o os nossos defeitos por medo de não sermos nada além de nossas limitações, também procuramos não conhecer nossa divindade inata, por medo de perder a noção confortável e circunscrita de quem somos. Acreditamos que a nossa personalidade humana restrita, delimitada pela superfície da pele, é a nossa identidade, e resistimos á ideia de saber quem somos mais. temos medo de sondar nossas profundezas, onde somos muito mais do que a experiência normal que temos de nós mesmos.
Fatima Jacinto
Uma Mulher


publicado por araretamaumamulher às 15:04 | link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito

Sabemos, todas nós que já sofremos violência dentro de nosso lar, da nossa total ambivalência quanto ao nosso agressor. Mas o que é o mal? Quem é mal?
Essas são perguntas que todas nós nos fazemos, na confusão em que se transforma nossas vidas diante da violência a nós infligidas.
Você não é uma pessoa má. Eu não sou uma pessoa má. Contudo, o mal existe no mundo. De onde ele vem?
As coisas más que são feitas sobre a terra são praticadas por seres humanos. Nós não podemos pôr a culpa nas plantas ou nos animais, numa doença infecciosa ou em influências nefastas do espaço sideral. Mas, se você e eu não somos maus, quem é? Será que o mal reside apenas em outros lugares? Será que ele habita somente os corações dos criminosos?
Será possivel que ninguém seja mau, mas apenas desorientado? Onde então reside o mal? De onde ele surge?
Estou a cada dia aprendendo a enfrentar e a responder essas e outras perguntas, que não são faceis de ser respondidas mas conclui que tenho que faze-lo se quiser me curar.
Você e eu certamente não somos maus em nossa totalidade, ou em nossa essência, mas temos o mal dentro de nós. Portanto a palavra "mal" pode descrever um continuo de comportamento que vai desde a simples mesquinhez e o egocentrismo, num extremo, até o sadismo genocida do nazismo no outro.
Há trinta ou quarenta anos atrás, a palavra "pecado" ainda era de uso comum, mas hoje (a não ser entre os fundamentalistas) ela praticamente não é mais empregada. Agora preferimos usar a terminologia da Psicologia, que fala antes dos defeitos e falhas humano, mas normalment de uma maneira que põe a culpa alhures - nos pais ou na sociedade - por fazerem de nós o que somos. A mudança pessoal ocorre quando compreendemos a origem da programação negativa que os outros nos infligiram, vivenciamos todos os sentimentos envolvidos (fundamentalmente raiva e pesar) e então perdoamos a fonte externa da nossa negatividade, da qual ainda sofremos. É isso é uma parte crucial do processo de transformação .
Contudo não é facil, colocarmos isso em pratica, porque na visão da psicologia perdemos algo que a velha idéia religiosa do pecado nos deu. A saber que somos respónsaveis pela nossa negatividade, pelos nossos atos e omissões. Ser responsavel é muito diferente de ser culpado. Significa simplesmente reconhecermo-nos ás vezes como a origem da dor, da injustiça e do descaso para conosco mesmos, e para com os outros e para com o mundo.
Ontem tive que admitir para mim mesma, que eu tive uma grande parcela de culpa na morte do meu filho, porque a três anos atrás ele estava me dando trabalho, como qualquer adolecente, e eu escolhi o caminho mais facil, liguei para o pai dele e mandei ele ir buscar nosso filho para morar com ele. Eu sabia quem era o pai do meu filho quando fiz isso, era consciente da sua falta de compromisso e de responsabilidade, até nas coisas mais basicas. O que me fez acreditar que se eu não estava conseguindo ele ia ao menos tentar? Tomamos atitudes e nessas horas temos o mesmo poder que Deus, só que depois queremos abrir mão das consequencias que essas atitudes nos trás.
Admitir que fui responsável, não me faz culpada da morte do Vi, ele morreu por uma serie de motivos, mas agora eu admito que tive uma grande parcela de responsabilidade nisso.
Se eu posso admitir esse grau de responsabilidade, eu admito também que não apenas uma vitima do mal que nos rodeia, a mim e aos meus filhos, eu também sou a minha maneira uma iniciadora dessa negatividade.
Então o que devo fazer a respeito? Como posso transformar isso em mim?
Ser humano é ter defeitos e imperfeições. Todos nós cometemos erros, ás vezes magoamos as pessoas que nos são proximas, e ás vezes nos comportamos muito mal. No entanto, essa simples verdade parece-nos muito dificil de aceitar.
Quando me conscientizo que magoei um dos meus filhos por causa de um dialogo descuidadeo, eu me encolho por dentro, como que tentando me defender da dor que é parte inevitavel da consciência dos meus atos. Temos uma relutância maior em aceitar as mensagens sobre os nossos defeitos vindas de outras pessoas. Imediatamente erguemos defesas, como se estivessemos sendo fisicamente atacados. Na verdade, a reação fisiologica de defesa lutar/fugir, adeguada a situações nas quais existe uma ameaça imediata de dano corporal direto, é usada para proteger a nossa auto-imagem idealizada, que precisa ter a aparência de certa e boa, e não de errada e má. Esquivamo-nos de encarar nossos erros e defeitos porque eles são uma parte dolorosa, embora inevitável, de quem somos. Somente quando contenho o meu prfeccionismo é que consigo sentir a sim,ples tristeza de ter agido de forma errada com o meu filho. Respiro profundamente, afrouxo as defesas automaticas e sinto a simples dor. A dor de que uma atitude minha gerou a morte de uma criança que saiu do meu ventre.... Mas é somente assim que consigo perdoar, perdoar a mim, e perdoar aos outros....Só quando consegui atingir um nivel de mais profunda auto-aceitação.
Tenho trabalhado com Pathwork, durante esses anos, e tenho aprendido com o Guia a me olhar mais verdadeiramente, facil não tem sido, mas eu muito provavelmente teria enlouquecido se não fosse isso.
Quando negamos nossos defeitos, nosso egoismo, ficamos enredados na tentativa de parecr melhores do que somos e afastar a culpa pelas nossas dificuldades. "Não foi culpa minha" é a primeira coisa que a criança em nós grita sempre que confrontamos com nossos erros. Quando acontece algo mais grave, respondemos internamente como a criancinha que ouve a voz da mãe chamando por ela depois que um terremoto abalou a casa. Sua primeira resposta é: "Não fui eu, mamãe". A criança dentro de nós tem medo de reconhecer que possuir qualidades mnás ou imperfeitas signifiquem que ela é unicamente má, ou que sendo tremendamente má, ela será julgada ou rejeitada pelos "outros" pais que, imaginamos, são responsaveis pelo nosso bem estar.
Amigos amanha eu continuo tá? Fiquem na paz e na Luz
Fátima Jacinto
Uma Mulher...


publicado por araretamaumamulher às 15:03 | link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito

Talvez a forma como fomos educados, como vemos Deus, e a vida, nos leve diretamente para a aceitação da violência em nosso lar.

Eu sei que não sou a unica pessoa que passou grande parte da vida com raiva de Deus. Quando eu não estava com raiva de Deus, estava completamente confusa, com medo.

Na religião onde fui criada, Deus me foi apresentado como uma entidade externa a mim, grande e feroz, só esperando que eu fizesse alguma besteira para me pegar. Me pegar tinha a ver com me fazer sofrer e me tirar as coisas que eu amava, e não me deixar ter as que eu desejava, tinha a ver com jamais me aprovar ou me aceitar, por causa de todas as coisas ruins e erradas ou puramente humanas que eu poderia fazer.

Em algum ponto entre minha infância e adolecência, eu compreendi que Deus não me aceitava, e não estava satisfeito comigo. Descobri que eu era um erro. Um erro muito provavelmente cometido pelo proprio Deus, que me havia criado a sua imagem e semelhança, me disseram. Mas isso não tinha mais nenhuma importancia, porque eu também não tinha uma opinião melhor a respeito D'Ele, não estava também satisfeita com o seu desempenho como Deus.
O que significa Deus? Haviam me ensinado e eu tinha como certo que Ele estava em todos os lugares, e que podia ver tudo, e isso não me agradava, Deus me via roubar dinheiro na gaveta do meu pai para lanchar na escola, balas na casa da minha avó, Ele me viu beijar atrás do murro da escola, e me disseram que Deus não gostava que a gente namorrasse ou sentisse qualquer prazer, tinhamos que sentir prazer Nele, é o que Ele fazia para me dar prazer?? Ele sabia que eu falava palavrões e que tinha vergonha dos meus pais, e não gostava de ter aquele monte de irmãos. Ele sabia que eu fumava, que eu mentia e que tinha sido promiscua, Deus sabia que eu não gostava da minha familia, e que não sentia a vontade no meio deles. Ele sabia que eu não gostava de rezar o terço todos os dias que odiava ir a missa aos domingos, porque era na igreja, na hora da missa que eu tomava verdadeira consciencia do quanto eu estava longe de ir "para o ceu", e o quanto estava perto do inferno...
Por esses e outros mnotivos eu tinha medo de Deus e a certeza de que Ele vivia uma "fera" comigo, aliás vamos ser justos não só Deus vivia uma "fera" comigo, mas meu pai, minha mãe, minhas tias, e minha avó também, com a vantagem de que esses ultimos não estarem em todos os lugares e não verem tudo, o que me causava um certo alivio.
Mas Deus eu tinha certeza, que foi sua irá que me fez engravidar aos 16 anos. Depois Ele me deixou casar com um homem violento, que me batia, humilhava, me traia, e fazia toda a especie de pressão psicologica que eu conheço...
Deus permitiu que eu ficasse sem teto com três crianças na minha responsabilidade, Deus nunca me deixou ter dinheiro suficiente para honrar meus compromissos em dia. E Ele permitiu tudo isso porque eu não era uma das pessoas escolhidas por Ele, para ser amada, ter sucesso, ser aceita, eu era um erro de Deus, e tudo o que me acontecia só confirmava isso...
Por isso Deus e eu não nos davamos e quase não nos falavamos. Já que minha opinião a respeito D'Ele também não era das melhores. Eu o achava um incompetente já que tinha deixado seu unico filho morrer na cruz. Um despota que me fez nascer em pecado e ainda mais o motivo porque nasci em pecado jamais me conveceu.. era por causa de um tal de Adão e Eva, que nem da minha familia eram, será que Ele achava pouco os meus proprios pecados? Tinha que me impor o de pessoas desconhecidas em cima de mim? O que eu tinha a ver com o pecado original, eu nem conheci o Paraiso, eu conheço bem é o inferno..que Ele me legou..
Depois comecei a desconfiar dessa historia de que Ele estava em todos os lugares e que via tudo. então porque Ele não via e não sabia que eu vivia confusa e assustada?Porque não me impedia de fazer certas coisas que Ele sabia que eram erradas? Porque não me guiava pelo caminho certo? Quantas vezes eu de joelhos pedi isso: Deus me guia, ilumina o meu caminho, eu estou desesperada... Eu perdi as contas de quantas vezes eu fiz essa oração..
Não sei direito qual foi o pensamento profundo que me levou a fazer algo que mudou a minha vida para sempre. Não sei quando, como e onde aconteceu, mais de repente eu soube sem a menor sombra de duvidas que eu e Deus estavamos bemum com o outro.
Aprendi a reconhecer Deus, a aceita-Lo, dentro de mim. Hoje mesmo com todos os tormentos, todas as escolhas tolas, e decisões eradas que já tomei na vida sei que Deus está dentro de mim, que Ele acredita em mim, e que cabe a mim também acreditar....
Amigos amanha tem mais


publicado por araretamaumamulher às 15:01 | link do post | comentar | ver comentários (4) | favorito

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